“Enem dos Concursos” 2025: governo começa a planejar segunda edição do CNU

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O CNU de 2024 ainda está em processo de finalização e a pasta responsável pelo certame quer homologá-lo antes de tomar a decisão sobre uma nova edição. Há um processo de judicialização em curso, referente a um dos blocos do certame, mas a avaliação da consultoria jurídica do ministério é otimista.

Depois de ter sofrido um adiamento de maio para agosto, em razão do impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, o concurso unificado acabou fortalecido. Fontes veem a primeira edição como bem-sucedida, visto que não houve vazamento das provas e a adesão foi grande, com 2,1 milhões de inscritos em todo o país. Além disso, a equipe avalia que os questionamentos judiciais fazem parte de certames públicos, principalmente os de caráter nacional.

A própria ministra da Gestão, Esther Dweck, já indicou haver interesse em aplicar pelo menos mais uma edição do CNU no atual mandato do presidente Lula (PT). De acordo com ela, existe a possibilidade de um novo edital ser divulgado em março de 2025, com previsão de preencher mais de 7 mil vagas para o cadastro reserva.

“A gente tem muita vontade de realizar um novo (concurso nacional). A nossa ideia seria no ano que vem, mas a gente ainda não tem essa decisão. Vamos fazer o balanço e, no segundo semestre, tomar essa decisão para até o início do ano que vem”, afirmou a ministra em agosto, poucos dias antes da aplicação do primeiro CNU.

De acordo com Dweck, a intenção é, se confirmada a possibilidade, aplicar as novas provas do CNU em agosto de 2025. “Descobrimos que agosto, para o Brasil inteiro, é o melhor mês em questão hidrológica — de chuvas. Então, para ser realizado em agosto, o edital precisa ser publicado até março de 2025”, detalhou a ministra.

CNU, o “Enem dos Concursos” O Concurso Nacional Unificado é um modelo de realização conjunta de concursos públicos, inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é economizar recursos para selecionar de uma só vez candidatos a vagas disponíveis nos órgãos e nas entidades da administração pública federal.

A aplicação do CNU foi dividida em dois momentos na mesma data:

  1. Provas objetivas, com matriz comum a todos os candidatos; e
  2. Provas específicas e dissertativas, por blocos temáticos.

De acordo com o MGI, o objetivo do concurso unificado é “promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame”.

O CNU foi dividido em oito blocos temáticos:

  • Bloco 1 – Administração e Finanças Públicas (744 vagas)
  • Bloco 2 – Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (580 vagas)
  • Bloco 3 – Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (538 vagas)
  • Bloco 4 – Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (971 vagas)
  • Bloco 5 – Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.008 vagas)
  • Bloco 6 – Trabalho e Previdência (370 vagas)
  • Bloco 7 – Dados, Tecnologia e Informação (1.737 vagas)
  • Bloco 8 – Nível Intermediário (692 vagas)

A organização ficou a cargo da Fundação Cesgranrio. Os resultados já foram divulgados e a fase atual é de confirmação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos indígenas e às pessoas negras e de avaliação de títulos. O resultado preliminar da avaliação de títulos sairá na próxima semana, em 4 de novembro.

A previsão de divulgação dos resultados finais é 21 de novembro. Os aprovados passarão por cursos de formação em dezembro e deverão tomar posse em 2025.

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