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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) segue com os preparativos do concurso para 950 vagas, que visará à oxigenação e à reposição do quadro de pessoal. Hoje, a autarquia encontra-se em situação calamitosa, com grande carência de servidores e muitas aposentadorias previstas. No país inteiro, há mais de 10 mil concursados em condições de aposentar-se, sendo que mais de 6 mil são técnicos. No Rio de Janeiro, o cenário também é preocupante. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social do Estado (Sindsprev-RJ), Luis Fernando Rodrigues de Carvalho, há hoje no estado cerca de 7 mil servidores do INSS. No entanto, também segundo o sindicalista, 70% desse efetivo (4.900) estão em condições de aposentadoria.
Tendo em vista esse cenário, Luis Fernando alertou que o número de vagas autorizado pelo Planejamento foi muito abaixo da real carência. “Esse percentual não atinge nem 10% do contingente necessário para fazer a máquina do INSS funcionar”, declarou. O diretor destacou também que as necessidades no Rio não estão apenas no interior. Em Duque de Caxias, por exemplo, a situação é preocupante. “Eu trabalho em uma agência em Duque de Caxias, onde atendemos uma população vasta, com cerca de 600 mil segurados, e não temos servidoressuficientes para isso”. Já o assistente social Camilo de Jesus atua na gerência Norte do Rio, onde estão as agências de Bangu, Campo Grande e Avenida Brasil, por exemplo. “Lá, há lotação muito inferior à demanda. Esse cenário tem piorado, a partir do momento em que o INSS passou a oferecer novos benefícios, como o fixado nas Medidas Provisórias nº 664 e 665”, mencionou Camilo.
Vagas no Rio - Uma das pendências para a publicação do edital é justamente o estudo da distribuição das vagas pelo país, levando em conta a necessidade e o número de vagas autorizado, aquém do solicitado, já que foram pedidas 4.730. As carências detalhadas comprovam, portanto, que haverá uma boa reserva de vagas para o Rio de Janeiro, e não apenas para o interior. Isso pelo menos é o que deveria ocorrer, para que as agências do estado tenham o seu quadro oxigenado. O INSS informou que segue em fase de “planejamento e organização do concurso”, estudando a distribuição das vagas pelo país, elaborando o projeto básico e escolhendo a organizadora. Após reunir-se com o Cespe/UnB, a autarquia negocia com outras instituições ainda não reveladas. Segundo o setor de Recursos Humanos do INSS, a autarquia possui um cronograma interno, cuja intenção é publicar o edital antes de 29 de dezembro, prazo estabelecido pela portaria de autorização.
Das 950 vagas, 800 são de técnico, de nível médio, e 150 de analista, para graduados em Serviço Social. As remunerações são de R$4.614,87, que, após seis meses de trabalho, passa para até R$5.259,87, no caso da função de 2º grau; e de R$6.832,89, subindo para até R$7.869,09, depois de seis meses. O regime é o estatutário, com estabilidade.
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Fonte: Folha Dirigida
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