Enem dos Concursos terá resultado final nesta sexta, 28, e nova edição este ano

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) confirmou que o resultado final do Concurso Nacional Unificado (CNU) será divulgado na sexta-feira, 28.

As listas definitivas de aprovados nas 6.640 vagas imediatas e em cadastro de reserva estarão disponíveis no site oficial do concurso.

O próximo passo será a homologação do resultado, para que as primeiras convocações possam ser realizadas. De acordo com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a assinatura deve ser dada em março.

O MGI também informou que um novo Concurso Unificado será realizado este ano.

"Parabéns a todos os participantes e pra quem não passou, não se preocupe, o CPNU 2 vem aí", afirmou o Ministério da Gestão, nas redes sociais.

Segunda edição do CNU será realizada em 2025

O número de vagas e a lista de órgãos participantes da próxima edição do CNU ainda não foram revelados.

No entanto, alguns órgãos que receberam aval para novos concursos já confirmaram a participação no próximo CNU.

A nomeação dos aprovados no Concurso Unificado e a oferta fechada do próximo CNU só deverão ser anunciadas após a aprovação do Orçamento 2025 pelo Congresso Nacional, prevista para março.

Com base no valor aprovado, as nomeações poderão ser feitas e será possível dimensionar chamadas de aprovados em cadastro de reserva e autorização de novos concursos federais.

CNU 2025 deve ter provas em agosto

O edital, com as regras do CNU 2025, deve ser publicado até o mês de março, segundo a ministra Esther Dweck.

Ainda de acordo com ela, o Governo Federal trabalha com a estimativa de realizar as provas em agosto.

Isso por ter a menor incidência de chuvas no Brasil e evitar possíveis remarcações, como ocorreu na primeira edição do Concurso Unificado.

"A gente espera o edital até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto. A gente ainda não sabe se vai ser possível pelo prazo do edital. Agosto é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é fazer a prova no início do segundo semestre, essa é a nossa lógica de calendário", afirmou Esther, durante participação no programa Bom dia, Ministra, do canal GOV.

O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, informou, em entrevista ao Qconcursos Folha Dirigida, que o novo CNU trará em torno de 50% da oferta da primeira edição.

"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025, no Orçamento que não foi aprovado ainda. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado".

Ao ser questionado se a Fundação Cesgranrio permanecerá como a banca organizadora do concurso, o secretário José Celso explicou que uma nova licitação será feita e que grandes instituições poderão participar do processo.

Como funciona o Concurso Nacional Unificado

O Concurso Nacional Unificado consiste em uma iniciativa pioneira do Governo Federal para selecionar novos servidores.

A primeira edição, aberta em 2024, ofertou 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.

Nesse modelo, foi possível se candidatar a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma única taxa.

Outra inovação foi o aumento dos locais de prova. Os exames do CNU foram aplicados no dia 18 de agosto, em mais de 200 cidades do país.

Antes, a maioria dos concursos federais era realizada apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.

De acordo com o governo, a ampliação dos locais de aplicação democratizou o acesso ao funcionalismo público.

O CNU quebrou recorde, com 2.144.435 inscritos, ficando em primeiro lugar no ranking dos concursos públicos mais concorridos da história. Veja:

1º lugar: Concurso Nacional Unificado (2024) – 2.144.435 inscritos;

2º lugar: Correios (2024) – 1.672.671;

3º lugar: Banco do Brasil (2021) – 1.645.975 inscritos;

4º lugar: Banco do Brasil (2023) – 1.500.000 inscritos;

5º lugar: Caixa Econômica Federal (2024) – 1.201.097 inscritos;

6º lugar: Caixa Econômica Federal (2014) – 1.176.614 inscritos;

7º lugar: Correios (2011) – 1.120.393 inscritos; e

8º lugar: INSS (2015) – 1.087.804 inscritos.

Todos os concorrentes foram submetidos a provas objetivas e discursivas, no dia 18 de agosto. Ao todo, 970.037 inscritos compareceram as provas.

Cursos de formação do CNU terão início em março

Além das provas objetivas e discursivas, a primeira edição do CNU contou com avaliação de títulos e curso de formação.

No primeiro Concurso Unificado, nove carreiras têm curso de formação como uma etapa obrigatória. Ao todo, 2.035 vagas serão preenchidas da seguinte forma:

analista de comércio exterior: 50;

analista de infraestrutura: 300;

auditor-fiscal do trabalho: 900;

analista em Tecnologia da Informação (TI): 300;

analista técnico de políticas sociais: 500;

especialista em políticas públicas e gestão governamental: 150;

especialista em regulação de saúde suplementar: 35;

especialista em regulação de serviços públicos de energia: 40; e

especialista em regulação de serviços de transportes aquaviários: 30.

A aplicação dos cursos será na cidade de Brasília, no Distrito Federal. A exceção será para o cargo de especialista em regulação de saúde complementar, da Agência Nacional de Saúde (ANS), cuja formação será no Rio de Janeiro.

Apenas para o auditor-fiscal do trabalho, o curso de formação terá caráter híbrido, isto é, com aulas presenciais e também remotas. Para as demais carreiras, as aulas serão 100% presenciais.

A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Cebraspe serão as instituições responsáveis pela aplicação dos cursos, que terão duração de até 580 horas.

Ao frequentarem os cursos de formação, os candidatos receberão, mensalmente, um auxílio financeiro correspondente a 50% da remuneração inicial da carreira.

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