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Mais uma ocorrência na 'Operação Panoptes' - que investiga fraudes em concursos públicos. Na última terça-feira, dia 21, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra mais oito pessoas acusadas de integrar a chamada "Máfia dos Concursos". Os suspeitos já haviam sido presos na segunda fase da operação, realizada em outubro, pela Polícia Civil do Distrito Federal.
A denúncia do MP representa o início do processo criminal que irá gerar uma sentença: absolvendo ou condenando os réus. O delegado adjunto da PC-DF, Adriano Valente, responsável pelas investigações, explica que caso sejam condenados os acusados poderão ser presos definitivamente.
"Por enquanto a prisão é apenas preventiva, que é uma espécie de prisão cautelar, ou seja, apenas garante que não responderão o processo criminal em liberdade, mas ainda não significa que sejam culpados", explicou.
A quadrilha atuava fraudando concursos públicos no Distrito Federal e Goiás. Segundo a polícia, a organização criminosa agia tanto tentando fraudar as provas por meio de atuação externa, com utilização de pontos eletrônicos ou de celulares, quanto cooptando funcionários de bancas examinadoras para a troca de folha de respostas de candidatos que pagaram pelo esquema criminoso.
Um dos denunciados era ex-funcionário do Cespe
Na lista dos denunciados pelo MPDFT, no dia 21, e já preso, está o ex-funcionário da banca organizadora Cebraspe (antigo Cespe), Ricardo Silva do Nascimento, que é apontado como um dos líderes da quadrilha.Os outros sete acusados são: Alda Maria de Oliveira Gomes, André Luis dos Santos Pereira, Antônio Alves Filho, Edney de Oliveira Santos, Milson Iran da Silva, Natal José de Lima e Weverson Vinícius da Silva.
De acordo com as investigações, Ricardo era responsável por digitar as provas e os cartões-respostas. Ele foi flagrado pelas câmeras do Cebraspe manuseando documentos de alguns candidatos, e teria preenchido cartões-respostas da prova do concurso para delegado substituto da Polícia Civil de Goiás - que foi suspenso. Em depoimento à polícia, Ricardo negou a fraude, porém segue preso.
Operação está em sua terceira fase
De acordo com delegado responsável, a Operação Panoptes continua em sua terceira fase. Nesta etapa, o foco são os candidatos que se beneficiaram das fraudes para alcançar vagas no serviço público. Conforme informações da Polícia Civil, pelo menos 100 pessoas foram favorecidas pela máfia dos concursos e conseguiram cargos públicos de forma ilegal.O delegado afirma que os concurseiros fraudulentos responderão pelo crime de fraude a certame licitatório e, de acordo com o vínculo com o grupo criminoso, podem responder também pelo crime de organização criminosa. Além disso, estão sujeitos à perda do cargo ou até mesmo à prisão. "Nesta fase vamos tomar medidas contra os candidatos que compraram as vagas, investigando concurso por concurso", diz o delegado.
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