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Resolver mistérios, identificar suspeitos, estar em cenas de crimes e outras atividades relacionadas é o que vem ao imaginário comum quando se fala do trabalho de um perito criminal ou agente forense. Os profissionais desta área, que ficaram conhecidos popularmente como CSI (Crime Scene Investigation, em inglês, e que também faz referência a série americana de mesmo nome), são figuras frequentes na ficção e têm o seu trabalho diário relatado constantemente em séries e filmes.
Mas será que o que é passado na ficção condiz com a realidade da profissão? Você sabe o que verdadeiramente faz um agente forense? Para responder estes e outros questionamento sobre a carreira, conversamos com a subcoordenadora do Instituto Técnico-Cientifico de Perícia do Rio Grande do Norte, Luciana Lima de Freitas, que também atua como agente forense.
As principais atribuições do cargo
De acordo com a coordenadora, o agente técnico forense pode atuar nos três Institutos, sendo eles o Instituto de Medicina Legal (IML), o Instituto de Criminalista (IC) e o Instituto de Identificação (II). Veja como é o trabalho em cada um deles:
IML: Neste o profissional pode atuar como auxiliar de médico legista, odontologistas e auxiliar dos peritos no laboratório, setanas atividades relacionadas à análises periciais e exames diversos pertinentes ao Instituto.
IC: No IC o agente pode ser auxiliar de perito nas perícias realizadas nos mais diversos ambientes e locais de crimes.
II: Também como no IC, o profissional que atua no instituto de identificação pode ser auxiliar de perito e exercer tarefas como identificar individualmente pessoas na seara civil e criminal, através da papiloscopia.
Se você já pensou em seguir esta carreira, a oportunidade pode estar próxima. Isto porque o Instituto Técnico-Cientifico de Perícia está com inscrições abertas para o concurso ITEP-RN 2017, que oferece 156 vagas na área. Deste total, 23 oportunidades são para o cargo de agente técnico forense, 50 para perito criminal, 40 para perito médico legista, oito para médico psiquiatra e 35 para agente de necropsia.
A carreira de agente forense e seus desafios
A carreira, que exige nível médio, pode apresentar muitos desafios. Segundo a coordenadora, é necessário preparar-se psicologicamente para conviver todos os dias com as fragilidades humanas e confrontos com seus próprios conhecimentos científicos. "Lidar com a violência, com a emoção e com, muitas vezes, o sentimento de impotência na resolução de determinadas causas, estão entre os principais desafios da profissão", diz.Para ela, a motivação para seguir esta profissão foi poder acompanhar diversos acontecimentos e, até mesmo, as dificuldades da área. "Claro que no início sentia um pouco de angústia ao chegar nos locais de crime e me deparar com cenas chocantes. Também achava que as pessoas pensariam que eu era uma pessoa fria, sem sentimentos, mas com o passar do tempo fui entendendo e aprendendo que ali era tão somente meu ambiente de trabalho, meu profissionalismo", explica.
O trabalho no dia a dia: ficção x realidade
Há 28 anos, Luciana foi a primeira mulher a atuar diretamente auxiliando nos locais de crime e perícia. Ela explica que o trabalho do dia a dia de um agente forense pode ser sim bem compatível com as atividades mostradas na ficção, porém obviamente há as limitações. "Existem os desafios do mundo real, porém nada que nos impeça de sempre tentar fazer o melhor trabalho possível e melhorar a cada dia", diz.
De acordo com a coordenadora, o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado brasileiro a realizar a identificação criminal com o Booking - uma plataforma portátil do sistema automatizado de impressão digital da Polícia Federal.
"Este trabalho teve seu início no Presídio de Alcaçuz, na cidade de Nísia Floresta/RN, dando seguimento no Presídio de Caicó/RN e estendendo-se por todo o Estado do Rio Grande do Norte", explica.
Ela conta que durante a rotina de trabalho o profissional precisa viver e conviver com a emoção, com o inusitado, além disto pode atender as demandas judiciais, policiais, periciais, dando resolução de crimes, exames, identificando pessoas, estejam elas em plena vitalidade ou não, sempre com o objetivo de corresponder as todas e possíveis demandas que venham a ocorrer.
Para quem vai prestar o concurso para agente técnico forense do ITEP-RN ela aconselha. "Foque nos estudos, aperfeiçoe-se em seus objetivos e, se por acaso vier a parecer difícil, não desista! É uma área fascinante e cheia de desafios", diz.
Ficha técnica do cargo no ITEP-RN:
- Escolaridade Nível médio
- Remuneração R$2.807
- Carga horária 40 horas semanais
Serviço:
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