Área fiscal: as dificuldades e a alegria da aprovação

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Israel Morettoni

Que conseguir a aprovação em concurso público não é fácil, todos que almejam uma colocação já sabem. Ainda mais em cargos da área fiscal, reconhecidos por oferecer boas remunerações, estabilidade e, por outro lado, provas das mais exigentes, com extensos conteúdos programáticos. Mas a persistência e uma boa metodologia de estudos podem ser as ferramentas ideais para conseguir transformar o sonho em realidade. É o caso do hoje agente fazendário da Secretaria da Fazenda de Niterói, no Rio de Janeiro, Israel Morettoni. “Comecei a pensar em concurso desde que me entendo por gente, visto que minha mãe foi servidora pública e sempre me incentivou a estudar para também ser aprovado”, diz.

O hoje fiscal explica que começou a participar de concursos desde os 18 anos. “Fazia por fazer, não me preparava. Ia para as provas somente com os conhecimentos do ensino médio e nas vivências da vida”. Sem resultados. Explica que, ao entrar em uma faculdade pública foi pegando gosto pelos estudos e, consequentemente, por se preparar para os concursos. “Percebi que era necessário estudar mais e, como consequência, investir. Iniciais fazendo cursos presenciais para algumas provas, como o concurso da Petrobras de 2010”, explica. Como metodologia, estudou por meio de provas anteriores, para saber como os conteúdos costumavam ser cobrados. “Acabei não sendo aprovado, mas fiquei feliz com meu desempenho e vi que era possível passar, apenas dependendo de esforço e dedicação”.

Israel explica que participou de muitos concursos no período de 2010 a 2015. “Tantos que chego a perder a conta”. Em alguns conseguiu ser aprovado, mas apenas no cadastro de reserva, sem ser convocado para nomeação. “Em outubro de 2015 foi publicado um edital para a Secretaria da Fazenda de Niterói, cidade onde moro e estudo, e vi uma ótima oportunidade na minha vida”, diz.

Sabendo que o concurso seria organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), considerada criteriosa em suas provas, procurou um curso presencial para auxiliar os estudos. “Este concurso não ocorria há 25 anos e não havia como resolver provas anteriores”, diz. “Foi então que conheci o site Questões de Concursos, indicado por um amigo e alguns professores. Me ajudou muito, pois filtrava as questões por banca, nível de dificuldade, tema e assunto”. Explica que, ao terminar os estudos de cada assunto, ia ao site para resolver todas as questões disponíveis sobre o tema, priorizando a banca FGV. “ E assim aconteceu. As questões basicamente se repetem, não literalmente, mas a sua estrutura costuma ser repetida do que já foi cobrado em outras provas. Se você conhece o assunto e já fez questões parecidas irá achar a resposta, caso tenha dúvida”, explica.

Segundo ele, o concurso de agente fazendário contava com uma oferta de 40 vagas, com 80 questões na prova objetiva. “Acertei 66 e fiquei na 32ª colocação”, diz. “Quando vi meu nome no site da banca não acreditei. Estava na faculdade na hora e não sabia o que fazer. Entrei em êxtase. É uma emoção única. Eu estava aprovado dentro do número de vagas”, diz. Ressalta que a dedicação de chegar em casa cansado após um dia de trabalho e ainda passar a matéria à limpo, estudar mais um pouco e resolver questões é um fator que faz muita diferença”.

A nomeação

Segundo Isarel, a homologação do concurso ocorreu em março de 2016. “A partir de então começou uma espera angustiante pela nomeação. A crise que assola o país preocupava. Os meses passavam e nada da nomeação”, conta. “Lembro que no dia 14 de março deste ano eu estava no estádio assistindo a um jogo de futebol quando um amigo perguntou se tinha previsão da posse e eu respondi que não. No dia seguinte, acordei com diversas mensagens, relativas ao grupo de aprovados no concurso, dizendo que havia saído a nomeação”, diz. “Lembro-me de literalmente pular da cama, ainda desnorteado, para abrir o notebook e... lá estava meu nome. Foi um misto de alívio, choro e alegria. Sai correndo pela casa. Abracei meu irmão e acordei minha mãe, que caiu em prantos”.

Por isto, segundo ele, a aprovação é possível para todos, dependendo do esforço de cada um. “Passar é muito bom e dá uma sensação de força e competência, ainda deixando um gostinho de quero mais. Por isto, não pararei neste concurso. Já estou focando em outros. Mas esse dia mudou minha vida. Hoje faço parte do serviço público. Trabalho em prol da população e estou muito feliz com as minhas atividades”, conclui.





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