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Quem pretende ingressar na carreira pública, por meio de concursos públicos, sabe que a conquista de uma vaga exige muito esforço, preparação, estudos constantes e boa metodologia. Todo cuidado é indispensável, uma vez que uma questão errada pode fazer a diferença entre a aprovação e a reprovação. Mas isto não vale apenas para as tradicionais provas objetivas, com questões de múltiplas escolhas. Aqueles que almejam a conquista de um cargo público também deve estar preparados para a possibilidade de enfrentar exames que, além das questões objetivas, também apresentem questões dissertativas, como normalmente ocorre em diversos concursos de tribunais federais, notadamente - mas não apenas - para cargos de analistas.
Neste sentido, o professor Daniel Sena, diretor do instituto Daniel Sena, dá algumas recomendações importantes para auxiliar os candidatos para conseguir um bom desempenho, quando se deparar com uma prova com questões dissertativas.
De acordo com o especialista, a tendência geral é acreditar que se o candidato sabe a matéria cobrada conseguirá um bom desempenho em qualquer tipo de questão, objetiva ou não. Porém, segundo ele, em uma prova dissertativa somente o conhecimento técnico sobre o tema abordado não é suficiente para um bom desempenho. “Além do conhecimento técnico é necessário ter um bom domínio da língua portuguesa e de elementos da escrita. O texto precisa ser compreendido pelo examinador”, diz. “Além disso, outro fator muito importante e que deve ser considerado é a objetividade. O candidato precisa responder a pergunta feita de forma clara. Encher linguiça, técnica muito comum de quem não tem conteúdo, só deve ser utilizada depois que a resposta da pergunta já estiver devidamente respondida”, diz.
Ele ressalta que é essencial que a resposta do candidato seja feita de forma coerente, clara e objetiva. Além disso, reforça que a resposta da pergunta deve aparecer, de forma direta, logo nas primeiras linhas da resposta, para que o examinador já perceba, de pronto, que o candidato efetivamente sabe o que diz.
A correção textual e gramatical é um fator que deve ser considerado essencial nesse tipo de prova, de acordo com o professor. Destaca que uma resposta correta, do ponto de vista do conhecimento técnico cobrado, pode se prejudicar muito, na correção, se apresentar erros de português ou falta de clareza de raciocínio. “Uma resposta de questão dissertativa precisa estar me consonância com a língua portuguesa. Conhecer as regras gramaticais de ortografia e de concordância são essenciais. Conhecer as regras de estrutura textual também se faz necessário. Minha sugestão é que o candidato procure responder a pergunta proposta logo nas primeiras linhas, de forma clara e objetiva. Desta forma, evita-se textos longos, os quais são mais propensos a possuírem erros gramaticais. Se a resposta estiver certa e de forma clara, a tendência do examinador é não se importar com pequenos erros, até porque, em questão de matérias específicas, a avaliação será feita por especialistas da matéria”, ressalta. “O domínio da escrita não nasce da noite para o dia. O ideal é que o candidato pratique escrevendo. Quanto mais praticar, mais domínio terá. Costumo dizer para meus alunos que a prática aperfeiçoa qualquer área do conhecimento. Logo, é ela que levará o candidato à perfeição. E, obviamente, muita leitura. Quem lê mais, escreve melhor”, diz.
Caligrafia
Além de se preocupar com a correção gramatical e com a estrutura textual, outro cuidado que os candidatos devem ter com as questões dissertativas diz respeito à caligrafia, uma vez que, como a prova é escrita manualmente, qualquer dificuldade que o examinador tiver para entender o que o candidato respondeu pode comprometer o desempenho na prova. “Eu mesmo sempre tive problema com isso, até porque minha letra é de forma, mas em provas sempre tinha a tendência de querer escrever com letra cursiva. O ideal é que o texto seja escrito todo em um formato. Se for escrever com letra cursiva, escreva tudo com letra cursiva. Muito cuidado com as letras maiúsculas que precisam ser diferenciadas de forma clara. Às vezes, na pressa, acabamos escrevendo de uma forma que não se torna claro qual letra é maiúscula”.
Por fim, destaca que algumas provas determinam um número mínimo de linhas nas respostas. Neste caso, deve-se, segundo o professor, ficar atento ao tamanho cobrado.
Bancas que trabalham com esse tipo de prova
De acordo com ele, a Fundação Getúlio Vargas é uma das bancas que tem por costume trabalhar com questões discursivas, em destaque para o exame de ordem. “A Esaf também tem este costume, no caso de provas para auditor da Receita. A Fundação Carlos Chagas costuma trabalhar com questões discursivas e estudos de caso nas provas dos Tribunais Regionais do Trabalho. Além disso, o Cespe/UnB também já trabalhou com este tipo de exames nos concursos da Polícia Federal’, conclui.Serviço:
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