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Com um déficit de pessoal crescente e sem selecionar desde 2013, o Banco Central tem demanda cada vez maior por um novo concurso. Por conta disso, o sindicato dos funcionário do Bacen (Sinal) discutirá essa necessidade em reunião - prevista para esta quarta-feira, 30 - no Ministério do Planejamento. O Banco Central já conta com um pedido de nova seleção em análise no ministério, para 990 vagas, de técnico, analista e procurador.
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No encontro também serão tratadas medidas anunciadas pelo governo federal que impactam diretamente o funcionalismo público. Entre elas, a redução dos salários de ingresso no serviço público e a reestruturação dos planos de cargos. Nesse último caso, a intenção é ampliar o número de etapas para atingir o topo das carreiras.
Segundo o presidente do Sinal, Jordan Alisson, outra preocupação é a extinção de 60 mil cargos vagos, incluída entre as medidas para redução das despesas com pessoal. Ele lembrou que hoje o banco tem mais de 2.500 vagas nessa condição.
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| Presidente do Sindicato dos Funcionários do Bacen, Jordan Alisson Jordan Alisson tem corte de vagas disponíveis para concurso no Bacen (foto: arquivo) |
Das 6.470 vagas previstas em lei para o Banco Central, menos de 4 mil estão preenchidas. “Se os cargos vagos forem excluídos, qualquer tentativa futura de repor quadro vai ter um patamar, que hoje no Banco Central é o menor desde 1975”, argumentou Alisson.
Nem mesmo a explicação do governo de que o corte de vagas ociosas será apenas nos cargos que não condizem mais com a realidade do trabalho moderno tranquilizou o presidente do Sinal.
Ele lembrou que há um mês a implementação de uma carreira diferenciada, em vários níveis, com salários de ingresso mais baixos era apenas uma ideia, que ainda precisaria ser apresentada ao ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
“E em um mês, o ministro já analisou, o governo já comprou a ideia. Então, esse discurso de que não vai mexer nas outras carreiras é para inglês ver. A percepção que a gente tem é outra”, afirmou o presidente do Sinal.
Entidade quer concurseiros em ato em frente ao ministério
Ele informou ainda que, no próprio dia 30, será realizado um ato em frente ao Ministério do Planejamento. A manifestação contará com a participação de servidores do banco e de outras carreiras típicas de estado.
Alisson disse, no entanto, que o Sinal convocará e conta com a participação daqueles que estão em busca de uma oportunidade de ingresso no banco. “Vamos lá defender a carreira, mas eles também são em grande parte afetados.”
Após alertar que a privatização da Casa da Moeda reforçará a necessidade de concurso para o Bacen, Jordan Alisson disse que o sindicato cobrará o aval à seleção solicitada. “A gente vai pedir de novo. Já teve uma posição contrária do governo, mas a gente vai reforçar esse pleito.”
Pedido segue em divisão de concursos do Planejamento
Cadastrado no Planejamento no fim de maio, a tramitação do pedido de concurso do banco pouco avançou desde então, estando desde 2 de junho na Divisão de Concursos Públicos da pasta. A expectativa é de que a situação do quadro da autarquia leve o governo a acelerar a análise da demanda.
Com requisito apenas do ensino médio completo, o cargo de técnico do Bacen garante remuneração inicial de R$6.882,57, incluindo o auxílio-alimentação, de R$458. A alteração da escolaridade do cargo para nível superior foi aprovado no Congresso Nacional, mas vetada pelo presidente Michel Temer.
Para analista, a exigência é o ensino superior completo em qualquer área e os iniciais são de R$17.391,64. Já o cargo de procurador é voltado para os advogados e os ganhos no ingresso são de R$19.655,67. É precisa ainda ter experiência mínima de dois anos de prática forense.
O chefe do Departamento de Gestão de Pessoas da autarquia, Marcelo Cota, já comentou alguns dos principais temas de interesse daqueles que desejam ingressar no banco. Além de destacar atrativos, o gestor também falou da necessidade de concurso.
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