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Na avaliação do presidente da Associação dos Servidores da Abin (Asbin), Carlos Estrela, a autorização do concurso da Agência Brasileira de Inteligência, no mês passado, é fruto do reconhecimento da importância da atividade de inteligência para a soberania do país e para a própria sociedade. “E, no fundo, foi um reconhecimento da situação crítica em que o quadro da Abin se encontra”, afirmou o sindicalista.
Carlos Estrela: autorização do concurso Abin foi reconhecimento da situação crítica do quado da Agência (foto: Asbin) |
A seleção do órgão foi uma das primeiras a terem a sua realização liberada, em meio aos mais de 30 pedidos feitos ao Ministério do Planejamento entre o fim de maio e o início de junho deste ano, surpreendendo aqueles que aguardam pelos concursos do governo federal.
Foram autorizadas para o concurso 300 vagas em cargos dos níveis médio e superior, com remunerações iniciais de até R$17.078,46.
O representante da categoria destacou também o trabalho desenvolvido pelo atual diretor-geral da agência, Janér Tesch, e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ele apontou que quando o novo diretor da agência assumiu o posto, no ano passado, a Abin possuía apenas três representações em outros países.
“Pelas tamanho e pelas aspirações que o país tem, inclusive a de assumir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, ter apenas três postos no exterior deixava muito a desejar.” Agora, segundo Estrela, já são cerca de 15 postos em outros países.
Chance de até 450 nomeações ao longo da vigência
O presidente da Asbin ressaltou, porém, que embora seja vista com bons olhos, a seleção autorizada não irá acabar com a falta de pessoal na agência, nem mesmo se tivessem sido autorizadas todas as 730 vagas pedidas.
Para ele, será necessário, inclusive, que a Abin solicite a complementação das vagas ao longo da validade do concurso. Pela legislação vigente, o Planejamento pode autorizar mais nomeações, até o limite 50% sobre o número inicial de vagas. Dessa forma, até 450 aprovados poderão conquistar uma vaga ao longo da validade da seleção.
"Se o Planejamento irá liberar ou não são outros quinhentos. A expectativa da gente como categoria é que sim. Nós sabemos da importância da atividade de inteligência, o nível que está e para onde estamos caminhando", observou o presidente da Asbin. Para além das 450 nomeações, a autorização precisa ser por despacho da Presidência da República.
Estrela apontou que o quadro da Abin não foge à situação de outras instituições, que trabalham com cerca de 60% da sua lotação. "Quando chega a cerca de 50% já começa a comprometer as atividades. Tem muitos órgãos em situação crítica e, com certeza, o governo vai atendê-los no próximo ano."
Expectativa por definição da organizadora
Das 300 vagas autorizadas, 20 são para agente de inteligência, que tem requisito apenas do ensino médio completo e garante remuneração inicial de R$6.760,23, já com o auxílio-alimentação de R$458.
A maior oferta é para oficial de inteligência, aberto a quem possui o ensino superior completo em qualquer área de formação. Serão 220 vagas, para ganhos iniciais no valor de R$17.078,46.
Já as 60 vagas restantes são para oficial técnico de inteligência, também de nível superior, com iniciais de R$15.770,74. Para esse, o curso exigido varia conforme a área. Ainda não há informações sobre quais serão oferecidas no concurso.
A Abin já instituiu uma comissão para tratar do concurso e trabalha para escolher a organizadora da seleção o mais rápido possível. O edital de abertura precisa ser publicado até 17 de janeiro. Os interessados em participar da seleção podem conferir como foram os últimos concursos, assim como o conteúdo programático do último edital para cada cargo autorizado.
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