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Professor Márcio Coelho
Para quem já fez provas de concursos públicos, os comandos “verdadeiro ou falso”, “selecione a alternativa correta (ou errada)”, “escolha a opção que reescreve o trecho sem alteração de sentido” devem ser familiares. Provas de múltipla escolha costumam manter um padrão, tanto em concursos e avaliações escolares como em grandes seleções como o ENEM e a OAB. A diferença, podemos dizer, está nos “bastidores”: por trás de cada questão há um professor ou uma equipe responsável por traduzir aquela disciplina.
Professor fala da sua experiência
Você já se perguntou como é feita a elaboração de uma questão de concurso, desde o tema até a construção das alternativas? Para entender um pouco do processo, conversamos com o professor de Língua Portuguesa Marcio Coelho, da Academia do Concurso.
Participante frequente de bancas organizadoras, ele nos contou sobre sua experiência em uma seleção de nível superior para magistério pela qual foi responsável. Confira os detalhes no vídeo a seguir:
Banca prezou pela liberdade
marcio conta que, neste caso, teve liberdade para elaborar a prova, sendo avisado apenas dos cargos para os quais o exame seria destinado. No caso dele, não foi necessária uma grande equipe para o processo: sozinho, ele criou 40 questões objetivas para um cargo e 30 para outro. Junto com ele havia um pedagogo supervisionando os trabalhos.
O professor conta que procurou abordar questões diretamente ligadas ao exercício do cargo, ou seja, que os futuros contratados utilizassem em sala de aula, adequando-se ao perfil dos candidatos.
Interpretação de texto e “pegadinhas”
Sobre as famosas “pegadinhas”, questões com conteúdos ilusórios que visam confundir os candidatos, Marcio explica não ver necessidade de utilizar esse e outros artifícios. E garante não ter usado essa "estratégia” em suas provas. “Não se precisa desse artifício para se elaborar uma boa prova de português. Basta cobrar o geral sem nenhuma artimanha”, explica.
Em provas de português, é padrão se utilizar um ou mais textos, seja para questões de interpretação ou para simples contextualização. Para isso, existe uma lógica de escolha entre eles. Segundo o professor, é comum o uso de um texto formal e outro informal, mas sempre com o cuidado de se ater apenas às informações disponíveis nos mesmos. “Só se deve cobrar o que realmente se pode provar no texto, para não confundir o candidato”, afirma.
Dicas de quem já esteve do outro lado da banca
O maior índice de erros na disciplina é na área de gramática. Para o professor, o fenômeno se dá pela insistência dos candidatos em decorar as regras sem procurar entendê-las. Para evitar problemas desse tipo, ele reforça dicas já conhecidas no meio dos concursos públicos: estudar com antecedência e conhecer o estilo da banca organizadora. “É importante que o candidato procure conhecer e treinar os tipos de questões que a empresa costuma fazer”, aponta.
Para auxiliar os concurseiros, o professor enviou uma das questões elaboradas por ele, dissecada alternativa por alternativa. O material oferece ao candidato a possibilidade de conhecer a “anatomia”, o processo de construção de uma questão. Você pode fazer download do arquivo clicando no botão abaixo:
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