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Especialistas, sindicalistas e deputados defendem que o o governo do Estado do Rio de Janeiro retome a sua política de concursos para a área de Segurança, tão logo consiga amenizar a crise financeira que está enfrentando. “Entendemos que a crise exija medidas que permitam a melhoria da economia. Contudo, crise maior virá com a falta de segurança. A falta dela mata qualquer possibilidade de desenvolvimento econômico”, afirma o vice-presidente da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Faepol), Adilson Palácio.
Embora o governo do estado esteja alinhando um acordo com o governo federal para ajuda financeira, que, entre as contrapartidas poderá levar à suspensão de concursos, especialistas acreditam que áreas como a de Segurança Pública, entre outras, não deverão ser afetadas. Adilson Palácio diz que seria desastroso se o estado tiver que ficar um longo tempo sem contratar novos servidores na Polícia Civil e na Polícia Militar.
“A Segurança Pública do estado está com efetivo abaixo do necessário, e a interrupção de concursos públicos na área, por um período de até cinco anos como se cogita, vai causar grande impacto na sociedade, uma vez que a tendência é a ação de grupos criminosos organizados aumentar cada vez mais. É opinião da fundação que essa medida seja revista, pelo menos nas áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde.”
O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) afirma que a possibilidade da suspensão de concursos por um período logo traz preocupação, pois o corte no serviço público não aumentará a arrecadação, que é o que o estado precisa hoje. Na Segurança, segundo ele, a falta de policiais geraria outras crises no Rio.
“A impressão que tenho é que o governo federal age como uma agência internacional, que se dirige a países de periferia com a ‘faca na jugular’. Este governo é totalmente incompetente, com ações equivocadas. O Rio vive uma crise de gestão, e não adianta cortar no serviço público. O estado precisa aumentar a receita”, afirmou.
O parlamentar alertou que não fazer concursos seria mais uma forma de abandonar o estado. “A necessidade de policiais e o aumento das demandas mostram que suspender concursos seria ferir gravemente um estado que já está abandonado. Na Educação, temos concursados aguardando para tomar posse, enquanto escolas estão sendo fechadas. Na Saúde, há pessoas morrendo nas filas dos hospitais. Se eles optassem pelo investimento no serviço público e em planos de cargos no lugar das terceirizações, não estaríamos na crise que estamos”, criticou.
O parlamentar afirmou também que irá de encontro a essas medidas na Alerj. “Não apoio nenhuma medida que sangre o serviço público. Ela será combatida na Alerj”, comprometeu-se Waldeck Carneiro.
Sindicalistas da área de Segurança também se preocupam com as medidas. Diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol-RJ), Fernando Bandeira acredita que tal suspensão prejudicaria as investigações. “Já faltam 10 mil policiais civis. Ficar cinco anos sem reposições representaria o colapso e prejudicaria as investigações da Polícia Civil. Além dessa carência, 20% do nosso efetivo já podem se aposentar. Como o estado faria? Deixaria a Polícia Civil abandonada?”, questionou.
Presidente da Associação de Praças e Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro afirmou que não fazer concursos resultaria em aumento da criminalidade e da sensação de insegurança. “O estado tem uma parcela expressiva de servidores para se aposentarem. Na PM e nos Bombeiros, são muitos. E aí? Quem vai cobrir essas vagas? Espero que a Alerj reaja e a sociedade se organize para ir contra essas medidas, que prejudicam toda a população”, criticou o sindicalista.
A possível suspensão dos concursos públicos foi antecipada por membros da equipe econômica do governo, após encontro do governador Luiz Fernando Pezão com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O anúncio do acordo foi feito no último dia 11, por Meirelles, que não deu detalhes do que seria implementado no estado. O pacote, caso confirmado, ainda precisará ser aprovado pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, e pela Alerj.
É necessário cadastrar seu e-mail abaixo para visualizar os arquivos e ter acesso completo ao conteúdo!Embora o governo do estado esteja alinhando um acordo com o governo federal para ajuda financeira, que, entre as contrapartidas poderá levar à suspensão de concursos, especialistas acreditam que áreas como a de Segurança Pública, entre outras, não deverão ser afetadas. Adilson Palácio diz que seria desastroso se o estado tiver que ficar um longo tempo sem contratar novos servidores na Polícia Civil e na Polícia Militar.
“A Segurança Pública do estado está com efetivo abaixo do necessário, e a interrupção de concursos públicos na área, por um período de até cinco anos como se cogita, vai causar grande impacto na sociedade, uma vez que a tendência é a ação de grupos criminosos organizados aumentar cada vez mais. É opinião da fundação que essa medida seja revista, pelo menos nas áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde.”
O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) afirma que a possibilidade da suspensão de concursos por um período logo traz preocupação, pois o corte no serviço público não aumentará a arrecadação, que é o que o estado precisa hoje. Na Segurança, segundo ele, a falta de policiais geraria outras crises no Rio.
“A impressão que tenho é que o governo federal age como uma agência internacional, que se dirige a países de periferia com a ‘faca na jugular’. Este governo é totalmente incompetente, com ações equivocadas. O Rio vive uma crise de gestão, e não adianta cortar no serviço público. O estado precisa aumentar a receita”, afirmou.
O parlamentar alertou que não fazer concursos seria mais uma forma de abandonar o estado. “A necessidade de policiais e o aumento das demandas mostram que suspender concursos seria ferir gravemente um estado que já está abandonado. Na Educação, temos concursados aguardando para tomar posse, enquanto escolas estão sendo fechadas. Na Saúde, há pessoas morrendo nas filas dos hospitais. Se eles optassem pelo investimento no serviço público e em planos de cargos no lugar das terceirizações, não estaríamos na crise que estamos”, criticou.
O parlamentar afirmou também que irá de encontro a essas medidas na Alerj. “Não apoio nenhuma medida que sangre o serviço público. Ela será combatida na Alerj”, comprometeu-se Waldeck Carneiro.
Grave quadro na Polícia Civil do RJ
Sindicalistas da área de Segurança também se preocupam com as medidas. Diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol-RJ), Fernando Bandeira acredita que tal suspensão prejudicaria as investigações. “Já faltam 10 mil policiais civis. Ficar cinco anos sem reposições representaria o colapso e prejudicaria as investigações da Polícia Civil. Além dessa carência, 20% do nosso efetivo já podem se aposentar. Como o estado faria? Deixaria a Polícia Civil abandonada?”, questionou.
Presidente da Associação de Praças e Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro afirmou que não fazer concursos resultaria em aumento da criminalidade e da sensação de insegurança. “O estado tem uma parcela expressiva de servidores para se aposentarem. Na PM e nos Bombeiros, são muitos. E aí? Quem vai cobrir essas vagas? Espero que a Alerj reaja e a sociedade se organize para ir contra essas medidas, que prejudicam toda a população”, criticou o sindicalista.
A possível suspensão dos concursos públicos foi antecipada por membros da equipe econômica do governo, após encontro do governador Luiz Fernando Pezão com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O anúncio do acordo foi feito no último dia 11, por Meirelles, que não deu detalhes do que seria implementado no estado. O pacote, caso confirmado, ainda precisará ser aprovado pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, e pela Alerj.
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