“Disputa no TRF-RJ/ES não deve desestabilizar candidatos”, aponta especialista

A concorrência de mais de 200 mil inscritos no concurso 2017 TRF-RJ/ES - leia matéria completa AQUI -pode desestabilizar muitos dos que sonham em conquistar uma vaga no tribunal. Pode, mas não deve, é o que aponta o especialista Mauro Lasmar, diretor pedagógico do curso preparatório Degrau Cultural.

Para ajudar os mais pessimistas a não se deixarem abater, Lasmar argumentou que existe uma diferença muito grande entre inscrito e candidato. “Inscrito é aquele que apenas se candidata e vai fazer a prova torcendo para que Deus ajude. Já o candidato, é aquele que se inscreve, se prepara, estuda, faz um curso, compra material adequado, faz as provas anteriores da banca e vai para a prova com totais condições de passar no concurso”, ressaltou.


Ele afirmou ainda que o candidato não deve mudar a sua estratégia de estudos em função da quantidade elevada de inscritos. “Ele deve mantê-la, sempre tendo em mente que são muitos inscritos, mas poucos candidatos”, disse o especialista, destacando que a principal estratégia deve ser sempre a resolução de provas anteriores.

Sobre o fato de estar programado um pequeno número de questões frente à grande quantidade de matéria a ser estudada, Lasmar destacou o fato de não haver eliminação por matéria. “Se o candidato estiver sentindo muita dificuldade em uma determinada disciplina, principalmente naquelas que têm peso um, ele não estará fora do concurso por não se dedicar a Raciocínio Lógico Matemático, por exemplo. É uma matéria que se ele não acertar nenhuma das questões, não estará necessariamente com a vaga ameaçada.”

É preciso fazer mínimo de 60%

O diretor da Degrau Cultural deu a receita para o sucesso. “Nesse concurso 2017 TRF-RJ/ES, o candidato tem de fazer 60%, no mínimo, na prova objetiva, ficar entre os 1.350 primeiros e elaborar uma boa redação, no caso de técnico administrativo. Com isso, ele estará dentro”, afirmou, ressaltando a importância, sobretudo, da redação. “O último colocado dos 1.350 pode passar o primeiro colocado na classificação final, se fizer uma boa redação e o primeiro colocado não.”

Por fim, Lasmar observou que aquele que tem condições de ser chamado de candidato, segundo os critérios citados por ele, deve ter a tranquilidade de saber que está no caminho certo. “Essa pessoa, se não passar nesse concurso, passará nos seguintes.” O especialista foi além: “Nesses 25 anos que eu trabalho com concurso, vi muita gente que está preparada e com potencial para passar chegar na hora e acabar fazendo uma péssima prova. Na verdade, a cada dez alunos, isso acontece com três”, afirmou.

“Mas concurso público é tão democrático, que mesmo essa pessoa conseguirá a sua vaga, mas terá que pagar o preço: estudar mais do que precisa, para chegar na hora e, mesmo não fazendo uma boa prova, conseguir passar”, garantiu.

Ele contou que todos os candidatos que conheceu que ficavam nervosos e faziam uma péssima prova, mas que mantiveram os estudos, acabaram passando, mesmo com esse problema. “Uma dica que eu dou é, no dia do concurso, ir para a prova pensando no concurso 2017 do TRE-RJ, que deve ser o próximo que vai sair, porque está previsto no orçamento federal para o ano que vem. Pensar na vaga que vai conquistar e que vai dar a ele estabilidade e qualidade de vida para o resto da vida.”

Lasmar explicou que o pensamento deve ser o de que ao chegar em casa depois da prova já irá iniciar a preparação para TRE. “Até a última sexta-feira antes da prova ele tem que estudar ao máximo, como se não passando no concurso fosse morrer. No sábado, ele tem que abstrair e imaginar que aquilo é só uma parte do processo de preparação, que na semana seguinte ele já estará estudando para o TRE. Se ele conseguir encarnar esse espírito, a chance de passar no próprio TRF aumentará 50%”, afirmou.

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