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O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) criticou o anúncio de abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) pelos Correios, que espera-se possa reduzir o quadro da empresa em cerca de 8 mil trabalhadores. Para o presidente da entidade, Ronaldo Martins, o plano irá agravar a sobrecarga de trabalho já existente. “O dia a dia da categoria já é difícil. A sobrecarga de trabalho ocorre em todas as regiões. Com esse plano, o funcionário vai trabalhar por dois ou três. A situação que era ruim, se tornará péssima, porque estamos há cinco anos sem concurso público e existe um deficit grande de funcionários”, afirmou Martins.
Contando atualmente com pouco mais de 117 mil funcionários, os Correios têm uma carência de cerca de 20 mil trabalhadores, conforme reconheceu a própria empresa, segundo a federação nacional da categoria (Fentect). No Rio, a defasagem reconhecida pelo vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Heli Azevedo, é de 450 funcionários, de acordo com Ronaldo Martins. Leia na segunda parte dessa matéria: Possível retomada do concurso após demissões
O estado tem ainda o agravante de que em algumas localidades não há mais aprovados em concurso para carteiro aguardando convocação, como é o caso da capital fluminense, o que reforça a urgência de um novo concurso. Além de prejudicar a qualidade dos serviços prestados à população - que sofre com o atraso na entrega de contas a pagar e encomendas -, segundo o diretor do Sintect-RJ Ronaldo Leite, a redução do quadro prejudica o papel social da empresa, uma vez que inviabiliza as entregas nas regiões periféricas da cidade.
Em reposta, os Correios informaram que a realização de um novo concurso é uma possibilidade para após a conclusão do PDV, que ainda precisa ser aprovado pelo Ministério do Planejamento. Seria, na prática, a retomada do concurso que seria realizado no ano passado, mas que foi suspenso temporariamente a pedido do governo federal, em razão da política de contenção de gastos públicos. O concurso seria para cerca de 2 mil vagas de agente de Correios, nas atividades de carteiro e operador de triagem e transbordo, que têm requisito apenas de ensino médio completo. A remuneração inicial será de R$3.164,46 para carteiro e de R$2.627,96 para operador, a partir de fevereiro do ano que vem, conforme o acordo de trabalho assinado recentemente entre a categoria e a empresa.
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