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Aumenta a pressão para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) inicie a chamada dos aprovados no concurso para 950 vagas, homologado em 8 de agosto. Uma comissão de aprovados, com cerca de 5 mil membros, elaborou um dossiê para ratificar a necessidade das convocações. No documento, entregue ao presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha, no último dia 29, constam números relativos à carência de pessoal e às aposentadorias previstas.
Esses dados foram fornecidos pelo próprio governo federal, por meio do Serviço de Informação ao Cidadão, o que reforça a relevância do dossiê. Nele, é revelado que há, hoje, 18.971 cargos vagos no INSS, e que as vacâncias pós-edital (543 até julho, sendo 515 de técnico e 28 de analista) representam mais da metade das vagas ofertadas (950). Também no dossiê é informado que foram 3.312 os aprovados na disputa, sendo 2.678 para o cargo de técnico e 634 para o de analista.
Diante do cenário de carência de pessoal, é desejo da comissão, além da chamada dos 950 aprovados, a ampliação do prazo de validade do concurso, que hoje é de um ano, podendo dobrar. Os aprovados desejam que a seleção tenha validade de dois anos, podendo chegar a quatro. A comissão também luta para que seja aprovado pelo Ministério do Planejamento o adicional de 50% das vagas, garantindo a chamada de 475 excedentes (400 técnicos e 75 analistas), e que todos os demais aprovados também sejam chamados por meio de despachos presidenciais, conforme aconteceu no último concurso do INSS, realizado em 2011.
Além do dossiê, a comissão de aprovados elaborou um abaixo-assinado, com todas essas reivindicações. No total, já são mais de 4 mil assinaturas. Deputados e senadores também já ‘compraram a briga’ da comissão e vêm fazendo pressão no cenário legislativo. A deputada federal Simone Morgado (PMDB-PA), por meio de um protocolo, solicitou informações ao Ministério do Planejamento sobre a eventual chamada de excedentes da disputa, e o senador Paulo Bauer já enviou um ofício à presidência do INSS, solicitando a alteração do prazo de validade.
Um dos membros da comissão de aprovados, Danilo Magrini, 39, está confiante de que a pressão resulte em muitas contratações. “Esse dossiê é o nosso carro-chefe. Como foi feito com dados do próprio governo foi bem aceito no INSS. No último concurso, tivemos até despachos presidenciais, que elevaram o número de convocados. Queremos o mesmo, e o INSS precisa desses servidores”, destacou o analista de TI, que foi aprovado para o cargo de técnico.
INSS vai pedir adicional das vagas
No último dia 29 de agosto, a comissão de aprovados do INSS se reuniu com o presidente da autarquia, Leonardo de Melo Gadelha. Estiveram presentes também a coordenadora geral de Gestão de Pessoas, Mônica Moraes, o diretor da Divisão de Desenvolvimento de Carreiras, Oliveiras Junior, e o diretor de Gestão de Pessoas, Thiago Vesley. No encontro, segundo a comissão de aprovados, Gadelha garantiu que o INSS solicitará ao Ministério do Planejamento o adicional de 50% das vagas (475), logo após a chamada dos 950 aprovados. O presidente também informou aos selecionados que o processo com o pedido para contratação dos classificados já tramita no Planejamento, com expectativa de aval para até o fim deste ano.Leonardo Gadelha também afirmou aos aprovados que após a eventual autorização dos 50%, o instituto seguirá na luta pela cobrança de mais nomeações, que aconteceriam por meio de despachos presidenciais. O concurso do INSS, que contou com 1.087.804 inscritos, visou a preencher 950 vagas, sendo 800 de técnico (nível médio e R$5.344,87) e 150 de analista (graduados em Serviço Social e R$7.954,09). Procurado, o INSS não se manifestou sobre o assunto.
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