TCM-Rio: Veja dicas de estudos do presidente da comissão do concurso do TCM-Rio

Neste trecho da entrevista, o presidente da comissão do concurso TCM-Rio 2016 dá boas dias de estudo para os milhares de interessados na seleção. Fique atento!

Quais devem ser as referências de estudo para os candidatos. Resolver questões de outros concursos anteriores do TCM-Rio, para outros cargos, e também pelas provas de técnico de controle externo do TCU, é um bom caminho? Além disso, claro, fazer provas do IBFC, que é o organizador deste concurso atual?

José Ricardo Parreira de Castro - É, esse é o caminho mesmo. Essa necessidade que foi detectada é o que foi percebido na origem desse concurso. Houve mexida nas disciplinas, mais a base não se modifica, o controle externo não se modifica, Constitucional não se modifica, Administrativo... Essas são disciplinas que existem desde sempre e sempre vão ser cobradas, mais ou menos, da mesma forma. Então, qual seria a melhor estratégia, me parece: o candidato tem que vir se preparando pra ter uma base sólida e quando ele souber o diferencial, aquele '1% lá do Wesley Safadão' (risos), ele vai focar, se dedicar e mergulhar naquilo ali. Estudar. Daí, pronto! Ele tem a base comum aos demais concorrentes e somou o seu próprio diferencial, estando tudo certo para obter aprovação.

Com um edital tão diferente, para quem ainda não começou a estudar, e pretende começar a se preparar agora, ainda dá tempo?
Dá, dá tempo. Mergulhe nas matérias que você não conhece. Se você já tem a sua base, já tem os seus tijolinhos de conhecimento engatados, construídos, mergulhe naquilo que é específico do tribunal.

Como é que se dá a escolha de uma organizadora?
Bom, no nosso caso, especificamente, em que pese o procedimento de ter sido por dispensa de licitação, nós buscamos fazer uma seleção, ainda que de um modo simplificado, sobre qual seria a melhor organizadora para esse concurso. Então, nós nos reunimos, verificamos, demos uma olhada no mercado, e entramos em contato, colocamos nossos requisitos mínimos através do projeto básico. A partir deste projeto, cada organizadora deu uma proposta. Nós, enquanto comissão, elegemos alguns critérios de diferenciação, valor da inscrição, critérios de segurança, o que cada um faz em termos de segurança para a prova, o que que cada um trabalha em termos de banca.... A partir disso, nós acabamos elegendo o IBFC como unanimidade, como o melhor parceiro para este concurso.

Nos acertos entre órgão e organizador, entra a discussão sobre prova? Que tipo de prova vem aí Com que grau de dificuldade ela vai se apresentar? Ela virá muito difícil?
Difícil acho que hoje todo concurso vem, na verdade, até desde a minha época... Não sou tão antigo assim... (risos) Em 2008 eu ainda era concurseiro também, e as provas do TCM-Rio já eram severas. A reclamação sempre era essa: "poxa, tá cada vez mais difícil, tá cada vez mais injusto, cada vez mais complicado". Acontece que o mesmo 'difícil' vale pra todo mundo, está todo mundo ali, no mesmo barco, fazendo a mesma prova. Então, o que acontece? Questões específicas acerca da prova a gente procura até não entrar na discussão, pois essa é uma administração da própria banca organizadora. Nosso papel é só servir de fiscal. Se a gente tivesse condições de entrar em questões específicas de prova, nós mesmo poderíamos estar fazendo o concurso, e não o IBFC. Mas, a ideia é justamente delegar esse tipo de atividade para que a gente possa se dedicar àquilo que sabemos fazer, que é a fiscalização do concurso.

O senhor passou em primeiro lugar no concurso para procurador em 2008 no TCM-Rio. Como foi sua trajetória, José? Se pudesse destacar um fator que tenha sido fundamental para o seu êxito, o que apontaria?
Bom, vamos lá. Eu me formei em Direito em 2005, procurei fazer a melhor faculdade que eu podia fazer. Mesmo sendo de segunda linha, já no ano da faculdade eu estudei bastante e, a partir de 2005 eu intensifiquei meus estudos. Paralelamente à atividade profissional da advocacia, fui pra escola da magistratura, estudei, e um determinado momento, como todo mundo faz, comecei a ter as aprovações.

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A preparação num concurso é algo como viver um concurso, da mesma maneira que as pessoas vivem o nascimento de um filho, vivem um relacionamento, acho que também têm que viver um concurso. E o que é isso, é aquela coisa mesmo do concurseiro que fica meio paranoico... (risos) Eu subia no ônibus, começava a ver relação de consumo. Assinava um documento e via um ato jurídico. É algo mais ou menos nessa linha, tudo nesse momento começa a girar em torno daquilo. Então, você começa a viver daquilo e é nesse momento que as aprovações começam a acontecer. Você vai organizar um plano de estudos pra você, não adianta querer passar a chutes e a pontapés. Tem que ter um planejamento de estudo. E não se preocupar muito com o que dizem... Era uma questão que surgia muito quando as pessoas começavam a fazer o concurso. "Peraí, como é que eu, que trabalho e só tenho duas horas por dia pra estudar, vou conseguir passar num concurso se tem um camarada que tem 12 horas por dia pra estudar? Ele vai me arrebentar!"

Esse pensamento derrotista, de forma antecipada, é um grande erro,não é?
Exato! Meu conselho é para que o candidato não se preocupe com isso. Isso não importa, você não está competindo com outro, você está competindo com você próprio! A vaga é sua, é só não desistir, você está, no íntimo, competindo com você. Então, se só tem duas horas para estudar, estude essas duas horas, mas estude com qualidade, com foco! Que nessas duas horas você mergulhe no seu estudo e faça seu avanço, pois o camarada que está lá as 12 horas, das 12, em dez ele está pensando na vida, imaginando como é que vai ser no cargo, como vai gastar o salário... Perdido em pensamentos que devem ser deixados para depois. E você não tem como imaginar como é que vai ser no cargo, o que vai comprar, o que vai fazer. Tem que se dedicar à prova! O pós prova é para depois da prova, esquece! Fique concentrado na prova, intensifique seus estudos, o quanto você puder. Procure aproveitar da melhor maneira o tempo de estudo. Acho que isso aí resolve.

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