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Com a suspensão dos concursos em 2016, um dos mais importantes órgãos federais acendeu o alerta vermelho. Trata-se da Controladoria-Geral da União (CGU), qua aguarda aval do Ministério do Planejamento (MPOG) para abrir concurso de graduados com 697 vagas: 620 de analista de finanças e 77 em diversas funções do quadro do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE). Para o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Rudinei dos Santos Marques, o governo deve abrir exceção e autorizar o certame, sob o risco de descuidar da área que combate a corrupção e avaliar os programas de governo nos diversos setores.
"O órgão executa trabalho imprescindível de fiscalização do dinheiro que é transferido para estados e municípios. Sabemos que o desvio de recurso é estimado em R$100 bilhões por ano, segundo estudo da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). O governo adotou várias medidas para cortar gastos, mas nada contra esses desvios, o que traria economia." O sindicalista diz que o órgão trabalha com apenas 43% de seu quadro preenchido, o que tende a se agravar com base no estudo do próprio MPOG, de que, nos próximos três anos, 25% dos analistas estarão em condições para se aposentar, ou seja, 412 servidores.
"Com a eliminação do abono de permanência, cerca de 15% dos servidores vão pegar suas coisas e irão para casa. A Unacon está encaminhando pedido de audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara e promovendo atos públicos a favor do concurso." Ainda de acordo com ele, o governo precisa de equipes em campo para saber se o objetivo de seus programas sociais e de saúde, por exemplo, estão sendo mantidos. "A falta de pessoal compromete muito o trabalho, porque não se pode fiscalizar a distância, além das áreas em que atua de forma mais intensa, como a da Lei de Acesso à Informação e transparência pública."
Com ganhos de até R$15.376,70, caso o concurso seja uma exceção, graduados com qualquer formação poderão concorrer ao cargo de analista de finanças e controle. Já no quadro do PGPE, serão oferecidas oportunidades a arquiteto - quatro vagas; engenheiro civil- cinco; engenheiro eletricista- duas; e engenheiro mecânico- duas; além de 40 vagas de administrador, oito de médico/20h, duas de assistente social, duas de psicólogo e 12 de contador.
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