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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda está trabalhando para definir a organizadora do seu concurso para 950 vagas, das quais 800 serão para o cargo de técnico. Sabendo da grande concorrência, milhares de pessoas já iniciaram a preparação, porém muitos têm a dúvida se devem ou não fazer uma preparação focada em uma banca específica, como o Cespe/UnB (que já se reuniu com o INSS) ou a Fundação Carlos Chagas (que aplicou a prova do último concurso para técnico), por exemplo. Segundo especialistas em concursos, ainda não é hora para isso.
O fato de o INSS não ter informado qual banca avaliará os concorrentes, e ter esclarecido que negocia com várias instituições, deve fazer com que os interessados continuem estudando os conteúdos para, posteriormente, focar na banca examinadora. O diretor pedagógico do curso Academia do Concurso, Paulo Estrella, destaca isso: "A hora é de ganhar conhecimentos nas disciplinas. O ideal é esperar uma confirmação do órgão, para iniciar a preparação focada na banca. É melhor agir assim do que ficar 'pulando' de organizadora em organizadora cada vez que o INSS se reúne com uma."
No entanto, segundo o especialista, o fato de a autarquia ainda não ter definido o organizador não impede que o pré-candidato mescle a sua preparação com bancas tradicionais. "É importante estar preparado para qualquer banca examinadora. Por isso, quando da realização de exercícios, é importante mesclar as bancas mais comuns, como por exemplo, Fundação Carlos Chagas (FCC), Fundação Cesgranrio e, claro, o Cespe/UnB. No entanto, não foque em somente uma, pois é cedo para isso, e o risco de comprometer a preparação é grande", orienta.
Ainda de acordo com Estrella, assim que o INSS definir a banca, os interessados no concurso deverão iniciar o estudo focado. "Logo após a divulgação da organizadora, o candidato deverá começar a realizar questões exclusivas para aquela banca. Nessa hora, ele avaliará como renderam os estudos de todo esse tempo. Por isso, a atual fase de preparação focada nos conteúdos tem muita relevância."
O diretor pedagógico do Casa do Concurso, Geraldo Neto, também acha cedo o concorrente focar em uma organizadora específica, já que não há confirmações oficiais por parte do órgão de quem vai aplicar as provas. "A grande sacada de quem estuda com antecedência é ter por base o último edital, focando no conteúdo. Boatos existem a todo tempo, mas acredito que antes de se preocupar com a banca, o candidato precisa saber se já domina todo o conteúdo cobrado na seleção anterior, que, no caso do concurso do INSS, ocorreu em 2011", destaca.
Geraldo alerta ainda que passar a estudar de forma focada no Cespe/UnB, só porque o INSS teve uma reunião com representantes dessa instituição, demonstra total ansiedade, que não ajuda na aprovação. "Vejo muitos candidatos preocupados se o Cespe/UnB realmente será o organizador e, com isso, se haverá redação ou a cobrança de outras disciplinas comuns à banca. É muito cedo para isso, e uma preocupação antecipada. A ansiedade não adianta para o futuro e complica o presente. Agora, o candidato deve preocupar-se em esmiuçar o conteúdo do último edital", menciona.
Assim como disse Paulo Estrella, Geraldo Neto acredita que a mescla de provas de bancas tradicionais é um bom caminho, a fim de treinamento. Ele acredita, porém, que o ideal é realizar exames do Cespe/UnB e da FCC. "Um excelente caminho para quem deseja treinar é realizar provas do INSS de 2011 e também dos concursos de TRTs, também organizados pela FCC. As provas do Cespe/UnB, claro, também devem estar nessa lista, mas, repito, apenas como treinamento em relação ao estudo do
conteúdo."
Preparativos a todo vapor
O INSS tem pressa para realizar o concurso destinado ao provimento das 950 vagas autorizadas, tendo em vista sua grande necessidade de pessoal e as iminentes aposentadorias. O que comprova isso é que os preparativos da seleção são intensificados, com diversas etapas antes da publicação do edital sendo realizadas juntas. São elas: estudo da distribuição das vagas pelo país, elaboração do projeto básico e escolha da organizadora, conforme informações da Assessoria de Imprensa. Segundo o setor de Recursos Humanos do INSS, um cronograma prevê o edital para sair antes de 29 de dezembro, prazo estipulado pela portaria de autorização do Ministério do Planejamento. O instituto estuda ainda a possibilidade de aplicar as provas este ano e contratar os aprovados em 2016.
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Apesar de o instituto ter reunido-se com representantes do Cespe/UnB, a Assessoria de Imprensa do INSS informou que as partes não fecharam parceria, até o momento. O instituto tem contactado também outras instituições que podem assumir o concurso. Das 950 vagas, 800 são de técnico do seguro social, de nível médio, e 150 de analista do seguro social, para graduados em Serviço Social. A remuneração do técnico é de R$4.614,87, sendo que, após seis meses de trabalho, passa para até R$5.259,87. Os analistas, por sua vez, ingressam recebendo rendimento de R$6.832,89, que, depois de seis meses, sobe para até R$7.869,09.
A carga de trabalho é de 40 horas semanais, mas o servidor pode solicitar redução da jornada para 30 horas, havendo redução proporcional da remuneração. Embora o concurso seja para o preenchimento inicial de 950 vagas, o número de contratações de aprovados deverá ser bem maior. É que, muito provavelmente, o INSS solicitará ao Ministério do Planejamento o adicional de 50% das vagas, motivado por sua grande necessidade. Seriam, portanto, mais 475 vagas, sendo 400 de técnico e 75 de analista. O que comprova a grande possibilidade de solicitação do adicional são os concursos anteriores.
Em 2011, por exemplo, quando ocorreu a última seleção de técnico, houve 4.500 contratações, embora o número de vagas imediatas fosse de 1.500. Isso, porque, além de o instituto ter sido autorizado a contratar 50% a mais (750 convocações), houve despachos presidenciais. Com o atual concurso não deverá ser diferente e, pelo menos, os 50% das vagas deverão ser solicitados, o que aumentará a possibilidade de contratação dos aprovados. O INSS contrata pelo regime estatutário, que garante a estabilidade empregatícia.
Último concurso - Em 2011, os candidatos a técnico foram avaliados por meio de 60 questões objetivas, sendo 20 de Conhecimentos Gerais (Português, Ética no Serviço Público, Noções de Informática, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noçõesde Direito Previdenciário) e 40 de Conhecimentos Específicos. Já para analista, a última seleção ocorreu em 2013, mas para Serviço Social, em 2008. Houve também 60 questões objetivas, versando sobre Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Legislação Previdenciária, Legislação da Assistência Social e Conhecimentos Específicos.
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