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Você já teve um professor que parecia um oráculo? Que sempre adivinhava o que ia cair na prova? Quando eu dava aulas para o concurso de Delegado de Polícia/RJ, meus alunos costumavam dizer que eu era um desses professores. Na véspera de uma prova específica discursiva, acertei quatro das cinco questões que foram formuladas. A pergunta que fica é: como eu e o seu “professor-oráculo” sabemos o que vai cair na prova? E, melhor, como você pode saber também?
Descobrir o que vai cair na prova é, antes de mais nada, um exercício de alteridade. É compreender o papel do examinador e se perguntar: “se eu fosse examinador desse concurso, o que eu perguntaria?” Para isso é necessário observação, pragmatismo e o desejo de fazer alguma coisa funcionar.
A observação consiste em se indagar o que seria razoável cair ou o que está caindo nas provas recentemente. Ter acesso a provas e editais antigos é essencial para conseguir cumprir essa etapa do seu “exercício de previsão”. Quanto ao pragmatismo, nada mais é do que traçar o padrão que o examinador está seguindo. Em suma, o que mais comumente ele usa. Nesse ponto, conhecer a banca, conhecer os professores que costumam formular as provas (seus livros e didática), ajuda muito. Se o edital possuir bibliografia, não deixe de explorar as obras indicadas Na área do Direito muitos autores possuem livros anotados ou comentaristas/analistas – que são outros autores que interpretam seus estudos – e essas podem ser ferramentas importantes para descobrir como a banca está pensando as questões. Por fim, anote tudo que, estando dentro do Programa do Edital, se encaixa neste padrão. Ou seja, antecipe o que o examinador pode propor.
Um detalhe importante é que nada disso adianta, no entanto, sem conhecimento e estudo. Você não vai conseguir se sair bem na prova sem uma boa bagagem de estudo. Saber o que vai cair está intimamente ligado a conhecer profundamente a matéria.
De forma objetiva, descobrir o que vai cair na prova pode ser feito de várias formas. O que inclui estudar o programa todo (abordando todos os conteúdos do edital), fazer as provas anteriores, entender como cada instituição trabalha (Cespe/Unb, Esaf, FCC, por exemplo), desenvolver e analisar estatísticas, reparar o que está acontecendo na época da prova e do lançamento do edital (indispensável para as questões de atualidades), ouvir os professores especializados (acessíveis nos livros, cursos e internet) e assim por diante.
Por fim, outra pergunta muito legal de ser feita, além da tradicional “qual é o padrão?”, é “o que é o mais importante?”. Se o tema for administração do tempo, por exemplo, “o que é de fato importante, é urgente?”, se o tema for Direito Constitucional, “o que é basilar para a compreensão da Constituição do país”. Essas reflexões, mais do que ajudar você a passar em concursos, podem ajudar a melhorar o país, nossas vida, o amanhã. Com esforço e inteligência, é possível produzir um hoje mais saudável e um amanhã bem melhor para todos.
Portanto, observe e estude sua banca, seu concurso e as matérias com afinco, descubra os padrões e torne-se um oráculo das questões de prova você também!
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