Após o diretor de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto, ter orientado os interessados no concurso a estudarem, pois a seleção irá acontecer, é bom que os pré- candidatos sigam o conselho.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem cobrado o
seu concurso ao Ministério do Planejamento. Quem informou foi o diretor
de pesquisas do IBGE, Roberto Olinto, na última sexta-feira, dia 29, em
evento comemorativo dos 79 anos da fundação. Ainda segundo o dirigente,
essa seleção faz parte de uma política que prevê concursos periódicos
na instituição. Na visão dele, a abertura do concurso é inevitável. “Nós
continuamos insistindo no concurso, que segue sob análise no Ministério
do Planejamento, e temos cobrado essa seleção permanentemente. As
necessidades estão em vários níveis, dentro de um plano de recomposição
de aposentadorias e, inclusive, para atender a novas demandas. Essa
seleção faz parte de uma política permanente de concursos, pois o IBGE
está sempre preocupado com isso.”
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O diretor de pesquisas revelou ainda que as vagas serão para
todo o país, incluindo o Rio de Janeiro. Ele orientou os interessados a
estudarem, pois o concurso irá acontecer. “Não temos como dizer ainda
quando o edital será publicado, porque o processo encontra-se no
Ministério do Planejamento. As vagas serão distribuídas pelo Brasil
inteiro, incluindo o Rio. Esse concurso vai acontecer, sem dúvida
nenhuma, e os interessados podem estudar”, assinalou. A presidente do
IBGE, Wasmália Bivar, também aconselhou os interessados a estudarem:
“Quem deseja ingressar no IBGE deve estudar sempre. Nós temos a
perspectiva de fazer concursos, e queremos que os servidores do
instituto sejam qualificados”.
Movimentações – O IBGE
solicita 1.564 vagas, sendo 1.044 para técnico em informações
geográficas e estatísticas, de nível médio, e 520 de analistas e
tecnologistas, que exigem nível superior. Para o cargo de 2º grau, a
remuneração é de R$3.323,91, e no caso das funções de nível superior, de
R$7.039,83, podendo aumentar para R$7.414,04, R$7.788,25 ou R$8.691,63,
dependendo, respectivamente, de títulos de aperfeiçoamento, mestrado ou
doutorado. Todos os valores incluem o auxílio-alimentação, de R$373.
Após negociações, o diretor-executivo do IBGE, Fernando Abrantes, disse à
Associação e Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE (ASSIBGE-SN) que
deverão ser autorizadas 660 vagas, sendo 400 para o 2º grau e 260 para o
3º. Essa informação, porém, não foi confirmada pelo diretor de
pesquisas, na última sexta, 29.
O processo de
autorização teve diversas movimentações nos últimos dias. Segundo o site
Protocolo Integrado, onde é possível acompanhar as tramitações dentro
do Ministério do Planejamento, a solicitação encontra-se com diretores
da Secretaria Executiva da pasta. O processo foi enviado para esse setor
na última sexta, 29, após passar pela Secretaria Executiva, Assessoria
Técnica e Administrativa, Coordenação-Geral do Setor de Desenvolvimento
Econômico e Produtivo II, Departamento de Modelos Organizacionais,
Secretaria de Gestão Pública e Coordenação-Geral Jurídica de Recursos
Humanos. O pedido passou por todos esses setores somente na última
semana. Aliado a isso, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa,
afirmou na última quarta-feira, dia 27, que os concursos federais e as
nomeações começarão a ser liberados nas próximas semanas.
Sindicato cobra o reforço de pessoal
A
Associação e Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE (ASSIBGE-SN)
aproveitou o evento da última sexta-feira, dia 29, para manifestar-se.
Os servidores concentraram-se em frente ao Teatro Carlos Gomes, no
Centro do Rio de Janeiro, e, posteriormente, dentro do local, para fazer
cobranças, entre elas, o concurso. Segundo o diretor da ASSIBGE-SN,
Nelson Thomé Filho, a seleção é inevitável. “Se esse concurso não
ocorrer em 2015, a situação irá se agravar”, destacou. Na lista de
pedidos encontram-se concursos que garantam o número de servidores
necessário ao bom funcionamento do IBGE; verbas para a realização dos
trabalhos; reestruturação do plano de carreira e salários; fim da
compensação do trabalho imposto, em função da greve do ano passado;
democratização da gestão do IBGE e fim das medidas antisindicais. O
sindicato entregou ainda uma carta aberta à população, com todas as
solicitações.
Segundo Nelson, o IBGE está passando por
uma crise em relação à sua independência, orçamento e gestão. Ainda de
acordo com ele, hoje há 5.800 servidores no instituto, 5.200 temporários
e 500 estagiários. Além disso, 40% do efetivo podem aposentar-se.
“Desde quando o trabalho temporário começou a ser aplicado no IBGE,
temos feito denúncias e pedido o concurso. A própria direção do
instituto reconhece a carência de pessoal. Com tamanha necessidade,
corremos o grande risco de, no futuro próximo, a qualidade e o sigilo
das informações do IBGE serem afetadas.”
O retorno da
diretoria ao sindicato, segundo Nelson, é que o IBGE já fez a
solicitação e aguarda o Ministério do Planejamento. “No entanto, se a
atual direção tivesse efetivamente nos últimos anos cobrado do governo
os concursos, a situação seria diferente. Em vez de realizar seleções
periódicas, preferiram fazer contratos, o que causou uma grave crise
institucional”. A ASSIBGE-SN também tem cobrado o concurso ao
Planejamento, por meio do Fórum das Entidades dos Servidores, do qual o
sindicato faz parte. Em Brasília, o secretário de Relações de Trabalho
da pasta, Sérgio Mendonça, havia marcado para o dia 28 deste mês um
encontro onde seriam dadas respostas sobre as reivindicações. No
entanto, a reunião não deverá acontecer.
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O sindicato
enviou, portanto, um ofício à pasta, solicitando uma reunião para até o
próximo dia 10. “Nas reuniões, o Planejamento diz que está sensível à
situação do IBGE, mas não nos passaram nada de concreto. Esperamos que
agora o governo defina sua proposta para o servidor público federal e
nos passe posições mais concretas.”
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