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Nos últimos anos, o exame unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem sido elaborado pela banca da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Isto representou um avanço, na visão do professor Alvaro de Azevedo Gonzaga, coordenador de OAB do Curso Forum. O especialista acredita que a banca da instituição trabalha com seriedade, o que confere maior lisura para o processo de aplicação da prova. “Realmente, em algumas questões, ela pode cometer alguns equívocos ou deslizes. Mas, como regra, é uma banca séria, organizada”, salientou Alvaro de Azevedo Gonzaga , ressaltando que, com o passar dos anos, a qualidade da prova tem sido cada vez mais aperfeiçoada. “A banca, em certa medida, já acertou o tom do que se espera para a avaliação daqueles que querem ingressar na carreira da advocacia”, complementa o especialista.
Pela primeira fase do Exame de Ordem, os candidatos responderão um total de 80 questões objetivas, com quatro opções cada, versando sobre as disciplinas profissionalizantes obrigatórias e integrantes do currículo mínimo do curso de Direito fixadas pelo MEC (Direito Civil, Processo Civil, Direito Penal, Processo Penal, Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Direito Comercial, Direito Tributário, Direito Constitucional, Direito Administrativo), além de conhecimentos das áreas de Código de Defesa do Consumidor (CDC), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Direito Ambiental, Direitos Humanos e Direito Internacional e sobre Estatuto da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina.
Ao falar do perfil da primeira fase do Exame da Ordem, o professor Alvaro de Azevedo Gonzaga ressaltou que ela se caracteriza por ser uma prova sofisticada. Segundo ele, a avaliação é marcada por cobrar casos práticos para que o aluno reconheça essas situações e identifique, entre as alternativas, qual a adequada, de acordo com o enunciado. “Ele vai ler uma questão e extrair a consequência jurídica”, comentou o professor, salientando diferenças que percebeu a partir do momento em que a FGV passou a realizar o exame. Uma delas, é o que chama de capacidade de abstração, ou seja, a habilidade de, a partir de conhecimentos gerais sobre os tópicos do programa, extrair soluções para problemáticas específicas nos diversos ramos do Direito.
“Costumo dizer que a prova não ficou nem mais fácil nem mais difícil. Ou, se ficou mais difícil, isto aconteceu porque começa a exigir maior capacidade de abstração. Então, o perfil da prova da primeira fase é de uma avaliação que exige conhecimento técnico e teórico, revelado em casos e situações práticas do cotidiano, tentando ver se o aluno tem essa capacidade de abstração”. Até pela extensão do conteúdo a ser estudado, o mais recomendado é uma preparação que dure de três a quatro meses. Por isso, diante da complexidade e nível de exigência do exame, muitos candidatos, inclusive, buscam apoio em cursos preparatórios. A principal vantagem, nesses casos, é o inscrito ter condições de se preparar com professores especializados no perfil do Exame da Ordem e, além disso, ter acesso a estratégias e orientações mais eficientes de preparação, que levam em conta, entre outras coisas, os tópicos mais cobrados em cada área.
“Não adianta nada ter um professor que saiba se comunicar muito bem, mas não consiga passar o que é efetivamente exigido no exame”, comentou o coordenador de OAB do curso Forum, ao falar sobre a que aspectos um candidato deve ter atenção ao fazer um curso preparatório. Segundo ele, uma boa estratégia de estudo deve ser elaborada de forma a unir a expertise do corpo docente à qualidade do material didático produzido. Na preparação para a primeira fase, na opinião do professor Alvaro de Azevedo Gonzaga, é importante o candidato priorizar as matérias que costumam ter mais questões e, em todas, os tópicos abordados com maior frequência. Porém, isto não significa que o restante do programa deva ser totalmente ignorado.
“A melhor estratégia seria, ao longo da preparação, esgotar os temas das matérias fundamentais, sem abandonar as matérias de baixa incidência”, ressaltou o coordenador, lembrando que, muitas vezes, o inscrito não é aprovado por décimos. “Muitas vezes, a diferença de 39 para 40 pontos é não ter estudado matérias como Direito do Consumidor, que tem dois itens, ou ainda, Direito Tributário, que tem quatro questões e é uma matéria de maior exigência na segunda fase. Estas não são disciplinas de alta incidência, como Direito Penal e Direito Processual Penal que, somadas, ultrapassam 13 dos 80 itens da primeira fase”, destaca o coordenador de OAB do Curso Forum.
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