Casos de Sucessos: Entre obstáculos e conquistas, Bruno redesenha seu destino

Casos de Sucessos: Entre obstáculos e conquistas, Bruno redesenha seu destino

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“A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer.” Esse é o lema de Bruno Gentil, retirado da biografia de Bernardinho, técnico da seleção brasileira de vôlei. Aos 26 anos, após colocar a frase em prática, ele comemora sua nomeação para o cargo de escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No entanto, até essa conquista, Bruno trilhou um caminho de muito estudo. Participou de seis concursos e conseguiu a aprovação em três, sempre estudando pela internet e com bastante dedicação.

Nascido em Espírito Santo do Pinhal, a 192km da cidade de São Paulo, ele conta que não teve uma vida fácil, mas que, com certeza, não foi das piores. Sua mãe, Creuza, é faxineira, e seu pai, José, foi pedreiro, mas hoje está afastado por invalidez. Era com ele que Bruno, ainda com 18 anos, fazia alguns bicos como servente de pedreiro. Seu primeiro trabalho com carteira assinada foi em uma metalúrgica, como operador de produção. Após um ano na empresa, com a falta de possibilidade de emprego na área e o cansaço que os turnos da madrugada lhe causavam, ele decidiu fazer seu primeiro concurso.

Assim, em 2010, Bruno se inscreveu para o cargo de auxiliar deserviços gerais da prefeitura de seu município, buscando, através do emprego público, começar a trilhar um caminho para futuras conquistas. “A estabilidade seria fundamental para os meus planos a longo prazo, teria tranquilidade para estudar e para investir nos estudos, já que o salário está garantido para o próximo mês”, contou Bruno sobre suas motivações para tentar sua primeira vaga no emprego público, o que conseguiu com êxito.

“As oportunidades normalmente apresentam-se disfarçadas de trabalho árduo e, por isso, muitos não as reconhecem”, disse Bruno sobre seu trabalho, varrendo ruas e praças. Isso porque muitas pessoas de seu antigo emprego não entendiam o motivo que o fez sair para ganhar um salário menor e trabalhar nas ruas da cidade. Na verdade, naquele momento, ele acreditava estar evoluindo com a estabilidade financeira e com os horários que o serviço público oferece.

Para Bruno, “a maioria das pessoas que entram para o serviço público pensa que seu cargo será uma ponte para outro melhor”, e era exatamente isso que ele estava buscando. Por isso, foi em busca de um novo cargo público. Seu segundo concurso foi para o INSS, para o qual Bruno estudou bastante, mas não conseguiu a aprovação. “Depois disso, acabei ficando desanimado para estudar, via concursos e achava que não daria para mim”, conta ao lembrar que ficou cerca de dois anos sem realizar concursos.

No entanto, ele não deixou o pessimismo acabar com os seus sonhos. Ao descobrir, em 2013, os concursos para o TJ-SP e para a Unesp, Bruno preferiu a universidade por parecer menos complicado, já que não estudava em cursinho e utilizava resumos e apostilas de banca de jornal. “Eu estava muito preparado, mas acabei errando coisas bobas, o que acontece quando não está acostumado com concursos”, lembra Bruno, que foi aprovado, mas não dentro das vagas ofertadas. Dessa vez, ele não se deixou abater e continuou seus estudos.

Com mais vontade ainda de conseguir sua aprovação em um emprego público melhor, Bruno decidiu participar do concurso para o Detran de São Paulo, em 2013. A seleção foi organizada pela Vunesp, a mesma organizadora da prova da Unesp, que ele não conseguiu a vaga. “Era hora da vingança”, relembrou Bruno, que conseguiu seu objetivo ao acertar 49 das 50 questões da prova de oficial estadual de trânsito. Sua rotina de estudos envolveu aproveitar todo o tempo livre possível. “Quando se é concurseiro, qualquer tempo é momento de estudar, então, eu aproveitava intervalos de descanso no trabalho, horário de almoço e à noite, até o corpo aguentar ficar em pé”, conta Bruno sobre sua dedicação aos estudos.

Após sua aprovação no Detran, ele não abandonou sua rotina. Em dezembro de 2014, Bruno ficou sabendo do concurso para o TJ-SP, com a banca que ele conseguiu superar na última tentativa, a Vunesp. Ele utilizou apostilas velhas, resumos, vídeos e tudo o que era possível achar na internet. “Hoje em dia, se você tiver vontade e pelo menos um computador com internet em casa, também tem chance de brigar por uma vaga”, incentiva Bruno, que usou muito a internet para aprender os conteúdos.

“Estudei tanto que fechava os olhos e continuava o trecho da lei”, diz ao lembrar o quanto se preparou para a prova de escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça. Segundo ele, “mais uma vez, o resultado foi a vitória”. E Bruno foi nomeado para o cargo no dia 21 de abril. Ele fez a perícia médica e agora está aguardando ansiosamente para tomar posse na sua nova função. Para Bruno, a aprovação é o sinônimo de que tudo valeu a pena. “É sempre sensacional, vem as lembranças do seu esforço”, afirma. Ele acredita que a carreira pública é uma das formas que mais demonstram o merecimento de uma pessoa por um cargo. “O merecimento engrandece cada servidor, pois eles sabem que muitos tentaram estar ali, mas ele conseguiu, e isso é muito gratificante.”

Depois de ter trilhado seu caminho entre os desafios de conseguir um emprego público, Bruno acredita que o concurso é uma fila de espera. “Uma hora sua vez chegará, porque estará preparado para conquistar sua vaga”, afirma o concurseiro. Seu momento chegou com muita luta e foco, mas ele acredita que não há uma receita para conseguir o sucesso, já que cada um tem sua maneira de estudar. “Acho que só o tempo é decisivo para passar em um concurso”, afirma. Após todos os obstáculos e conquistas, Bruno não deseja parar por aí, mesmo tendo diminuído seu ritmo de estudos. “Eu sempre acabo querendo mais, por isso acho melhor não estabelecer um final para essa história, e sim um próximo capítulo: a aprovação num concurso de nível superior.”



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