Leia mais
Em muitos casos, o desejo de ingressar no serviço público parte do próprio concurseiro, em busca de salários mais atraentes e a estabilidade no emprego, por exemplo. Mas há parte deles que já sonha com a carreira em um órgão público desde muito cedo, vendo o exemplo dos seus pais, irmãos ou familiares, que já atingiram esse objetivo. Cleber Rodrigo de Oliveira, de 23 anos, se enquadra nessa situação. Seu pai, um agente penitenciário de São Paulo, foi a sua inspiração de começar a estudar para esse universo.
"Meu pai é servidor público e, desde garoto, eu via a diferença. O salário não é tão alto, mas é bem melhor em comparação ao setor privado, pois é estável e seguro, então comecei a pensar nisso. Depois que fui trabalhar em empresas privadas, vi que não bastava ser bom, precisa ter o famoso 'quem indica' e, às vezes, até mesmo bajular a chefia. Nunca gostei disso. Já nos concursos, não importa cor, altura, sexo ou religião. Se você for o melhor na prova, a vaga é sua", frisa.
De volta ao passado, o morador da cidade de Franco da Rocha, em São Paulo, relata como sua 'vida de concurseiro' teve início. Nascido no município de Caieiras, a 37km da capital paulista, Cleber é de uma família de classe média, e o filho mais velho entre três irmãos. Foi bolsista em um colégio particular de São Paulo, formou-se como técnico em informática e, anos depois, graduou-se em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Universidade Nove de Julho (Uninove). Durante sua infância, Cleber Rodrigo salienta que nunca passou por necessidades financeiras, mas, desde cedo, ele já tinha o desejo de ser independente.
"Comecei a trabalhar aos 13 anos, entregando jornais na minha cidade, aos sábados, e ganhava só R$10 para entregar 300 exemplares. Depois, atuei em um lava-rápido do meu primo, aos finais de semana. Nesse tempo, fiz estágio na Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e comecei a trabalhar no Jardim Botânico de São Paulo. Era uma rotina bem intensa, mas foi muito bom para mim."
O paulista revela que nessa época já se preparava para concursos, e que sempre priorizou os estudos. Na ocasião, o técnico em informática fez provas para trabalhar em alguns órgãos. Em alguns foi aprovado, mas o salário não compensava. Em outros, as vagas eram para cadastro de reserva e ele não foi chamado. "Passei nos concursos de técnico em informática e agente administrativo da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa), em São Paulo, mas só fui convocado para assumir vaga no segundo cargo." E ele foi.
Tudo andava bem, mas Cleber se deu conta de que o que ele ganhava na fundação não era o suficiente, já que nesse período ele conheceu a "garota dos seus sonhos", e percebeu que precisava melhorar de vida, e rápido. E apostou em mais concursos, como do Departamento de nTrânsito de São Paulo (Detran-SP), da Caixa Econômica Federal (CEF), do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e ainda da própria Fundação Casa, para especialista em Tecnologia da Informação (TI), no qual passou na 1ª colocação, mas, no momento, aguarda as nomeações começarem, para assumir a função.
Relembrando seu método de estudo, o concurseiro revela como se preparava para todas essas seleções. "Sempre foquei muito em questões de provas anteriores e na letra da lei. Além disso, lia muitas notícias e textos de revistas, o que me ajudou muito. Também entrei em alguns cursos preparatórios, após a aprovação na Fundação Casa."
Contente no atual emprego, responsabilizando-se pelo controle dos bens patrimoniais do órgão, e ao mesmo tempo ansioso para assumir a função de especialista em TI na fundação, Cleber afirma que pretende continuar investindo no TJ-SP, já que ele se sente melhor preparado a cada prova que realiza do tribunal, e também o concurseiro tem amigos que trabalham lá e falam muito bem do local. Além disso, a distância até sua casa é de cerca de 15 minutos.
Com a estabilidade assegurada, Cleber conta seus próximos planos pessoais. "Dei entrada na minha casa própria e estou fazendo os preparativos para casar com a garota dos meus sonhos no próximo ano. Me sinto realizado em quase todos os aspectos da minha vida, e agora meu objetivo é priorizar um pouco minha saúde. Também estou cuidando do meu lado espiritual. Sou uma Testemunha de Jeová e tenho procurado me dedicar mais na obra de ensinar aos outros. Como cristão, me sinto em dívida com Deus, pois devo a ele essas vitórias", ressalta.
Imensamente grato a todos os que o ajudaram nessa longa caminhada, o agente administrativo da Fundação Casa faz um agradecimento maior a seu pai. "Esse cara é meu herói, sem ele não teria conseguido. Meu pai sempre me apoiou, e quando eu me achava um burro, ele me via como um gênio, sempre valorizou o fato de eu gostar de estudar em si, e não de ser aprovado ou não. Ele me incentiva até hoje e está comigo nas derrotas e nas vitórias", enaltece.
Para ajudar mais concurseiros, Cleber Rodrigo deixa algumas dicas. "Tenham paciência, façam um bom trabalho e contem com a sorte. Não se desesperem achando que o mundo vai acabar se vocês não passarem em um concurso, pois se não for nesse, haverá outros. Valorize as pessoas que estão ao seu lado. Não sacrifique uma relação com amigos e familiares por causa de uma prova. Saiba equilibrar ambos. E, principalmente, invista em bons materiais de estudo. Isso poderá fazer toda a diferença na hora da sua aprovação", orienta.
Serviço
Outras Informações – Aqui
Dicas para Concursos - Aqui
Para mais informações consulte o nosso blog.
0 Comentários