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Lucas Vargas, de 30 anos, optou pelo concurso público logo após concluir o ensino médio, motivado pela falta de experiência e de qualificação, que impossibilitava conseguir boas oportunidades no mercado de trabalho privado, além das baixas remunerações com que havia se deparado. Após 15 meses de estudos, com apenas 18 anos, Lucas conseguiu sua primeira aprovação em concurso, para a Escola de Sargentos do Exército (ESA).
Com a oportunidade, ele teve de sair de casa, e em 2004 passou 10 meses na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, para o curso de formação. Após isso, foi lotado no 3º Batalhão de Polícia do Exército (3 BPE), em Porto Alegre, onde ficou de 2005 a 2008, e logo após foi transferido para Salvador, na Bahia. Entretanto, em 2010, cansado do militarismo, Lucas decidiu deixar o Exército, e no ano seguinte se entregou novamente aos estudos. “2011 foi um ano de mudança. Muitas dúvidas, incertezas, e o início de uma caminhada que não sabia quando terminaria, nem se terminaria”, disse.
Lucas detalhou que começou a estudar pelas matérias básicas (Português, Matemática e Informática), e não tardou até ser aprovado no concurso para os Correios, sendo contratado em outubro de 2001. Porém, o rapaz optou por ser desligado com apenas dois meses de serviço, por conta da nomeação para o cargo de técnico administrativo para o qual havia sido aprovado, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2012, mesmo sendo aprovado para o Ministério Público da Bahia, optou por continuar na função de técnico, por conta da carga horária menor, que possibilitaria mais tempo para estudos e o investimento em concursos melhores. Visando ainda novas oportunidades, Lucas começou o curso de graduação em Gestão Pública a distância, concluído em 2014.
Antes de terminar a graduação, em 2013, Lucas conseguiu a aprovação em primeiro lugar na classificação de portadores de necessidades especiais no concurso para técnico do Ministério Público da União (MPU), cargo em que atua hoje em dia. Porém, essa foi apenas umas das vitórias conquistadas nesse ano, sendo ele aprovado ainda em diversos outros concursos, tais como técnico administrativo na Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que optou por não assumir, e analista em gestão pública do MPU, técnico administrativo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e tecnico administrativo do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, onde aguarda nomeação.
“Atualmente estou muito feliz no órgão. Uma boa remuneração e uma jornada de trabalho que me proporcionam tempo para continuar meus estudos. Manhã para concursos, e à noite, faculdade”, falou Lucas, que atualmente cursa Direito. “Quem sabe, a longo prazo, busque um novo objetivo, a magistratura.” Apesar da longa lista de conquistas, em sua jornada no mundo dos concursos ele também teve reprovações, entre elas no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e nos tribunaos regionais federais da 1ª e da 5ª regiões. Porém, nunca pensou em desistir.
Lucas continua com seus estudos, agora focando nos concursos para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para a Câmara dos Deputados. Mesmo tendo de conciliar trabalho e faculdade, ele consegue manter uma jornada de estudos de sete horas por dia, dividindo-se entre leitura de teoria e exercícios pré-edital. Após a divulgação do edital, ele prioriza a resolução de questões, fazendo cerca de 300 por dia. Fazendo um balanço sobre como conseguiu tantas aprovações, ele destaca o bom planejamento do tempo e das matérias; abnegação de atividades que necessitem de tempo ocioso, inclusive festas familiares, Natal e ano novo; estudar por material de qualidade e resolução de questões com foco na banca.
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Fonte: Folha Dirigida
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