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A trajetória de sucesso de Cláudio Goulart Júnior, ex-coordenador do curso preparatório para concursos Degrau Cultural, iniciou quando, após sete anos orientando alunos, ouviu de um deles o seguinte questionamento: “Você orientou tanta gente, porque você não se orienta?”. O carioca, que não teve muitas oportunidades, uma vez que na época não existiam muitas informações sobre seleções, após muitas barreiras enfrentadas, e apoio da esposa, familiares e alunos, chegou a um de seus objetivos: ser servidor público.
Atualmente concursado na Companhia Docas do Rio de Janeiro, Cláudio Goulart não teve uma infância muito fácil, já que seu padrasto era marinheiro, e tinha que estar sempre se mudando, estudou em seis colégios e morou no Rio de Janeiro e em Salvador. De volta à Cidade Maravilhosa, resolveu cursar jornalismo, e junto com a faculdade veio a disciplina. O até então estudante de Comunicação Social, passou a trabalhar na área comercial, mas foi no último período que passou a conciliar dois estágios, e então teve que optar por um deles, uma vez que já estava namorando e pensando em casar. Cláudio Goulart, foi promovido, e teve que voltar para Salvador, só que dessa vez a trabalho, e lá morou dois anos e casou-se.
Ao voltar para o Rio pela segunda vez, o enfim jornalista teve a grande oportunidade da sua vida: a de virar consultor, gerente e depois coordenador. “Tive a oportunidade de conhecer histórias de alunos que pude orientar, nas quais tive que ouvir e conhecer tudo sobre, para encaminhá-los. A grande maioria das pessoas que passaram, foram estudando e trabalhando cumulativamente. Sempre procurei colocar para aquelas pessoas o que elas queriam em relação ao futuro, já que elas procuram a carreira pública na intenção de dar uma ‘ginada’ na vida, mais pela conquista de uma casa própria ou estabilidade”, lembrou.
Após anos de dedicação aos alunos, o ex-coordenador decidiu seguir o mesmo caminho de seus orientandos e começou a dedicar-se aos estudos, não com a possibilidade de concorrência direta com os alunos, até porque o mesmo não teria a mesma dedicação que os estudantes, mas na tentativa de mudar a sua realidade de vida. Nessa época, sua esposa tinha acabado de passar em um concurso, o que motivou mais ainda Cláudio Goulart.
O jornalista passou a participar de muitas seleções. Após a primeira tentativa sem sucesso, pensou em desistir, mas sua esposa foi o seu espelho e seu apoio, e insistiu para que o mesmo permanecesse estudando, e disse: “Se inscreve em outro!”. E assim ele fez, e passou em 18º lugar para redator da MultiRio, o que levou o até então coordenador a dedicar-se mais, para que obtivesse uma melhor nota, apesar de não ter sido chamado. E pensou: “Estudando mais, terei uma colocação melhor. E a partir de hoje, dúvidas de alunos serão também minhas”. Essa forma de pensar acrescentou bastante com relação a conhecimento de conteúdo programático de concurso píublico, além da ajuda de professores que trabalharam junto ao ex-coordenador.
Sem desistir, uma vez que sua esposa é concursada devido a não desistência, e também pela força que um amigo lhe deu dizendo: “Para você tentar mudar alguma coisa, o primeiro passo é sair do lugar de onde está”, permaneceu fazendo concursos, só que focando mais no que precisava, até que começou a passar dentro do número de vagas, o que deu mais ânimo para que Cláudio Goulart continuasse tentando.
Com participação em mais de 70 concursos, visando sempre ao que pagasse mais ou menos o mesmo valor do que seu atual emprego, para que não caísse seu padrão de vida; entre eles, em abril de 2012, para a Indústria Nuclear do Brasil (INB), com prova realizada na parte da manhã, e para a Companhia Docas do Rio de Janeiro, no mesmo dia, só que na parte da tarde. Feito o primeiro exame, Cláudio Goulart foi para casa descansar, já que o segundo seria apenas às 14 horas, só que para a sua surpresa, o mesmo descobriu que a prova seria uma hora mais cedo, e graças a sua esposa, que mais uma vez o apoiou, o exame foi realizado.
Dois meses depois, em 4º lugar no concurso para a companhia Docas, na qual ofereciam oito vagas mais cadastro de reserva, Cláudio Goulart passou fazer as contas, só que mais uma surpresa estava por vir, uma vez que foram anuladas quatro questões, as quais ele tinha acertado, e sua colocação caiu para 37º lugar. Mas como seriam 100 vagas para formação de cadastro, voltou às contas.
Depois de dois anos, acompanhando as convocações pelo site da companhia, recebeu uma ligação para que a sua atualização cadastral fosse feita, e percebeu que após a convocação inicial estavam convocando de dois a três aprovados, a cada três meses, e como prorrogou por dois anos, sendo que já estava no número 34 de concovados, imaginou que seria chamado. Então o jornalista decidiu sair da empresa em que trabalhava, contando com a certeza de que seria convocado.
Em janeiro de 2015 veio a tão esperada ligação, e em fevereiro foi convocado para a realização dos exames. “A emoção é muito grande quando recebemos o telegrama em casa”, afirmou. Mesmo após virar servidor público, o atual técnico de serviços portuários pretende parar apenas quando passar em 1º lugar, ou quando passar para a Polícia Federal (PF). Cláudio Goulart recomenda sempre àqueles que querem mudar a realidade de vida que dêem o primeiro passo, procurando saber sobre a carreira pública, e se interando, sem desistir, apesar do cansaço.
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Fonte: Folha Dirigida
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